Museu do Holocausto










Hoje estivemos no Museu do Holocausto de Curitiba que fica R. Cel. Agostinho Macedo, 248 - Bom Retiro. Esse é o primeiro museu do holocausto no Brasil e até onde sei, o único. As visitas gratuitas acontecem apenas por agendamento. Fotografias não são permitidas no interior do museu, à exceção do jardim interno e de uma sequencia de cartazes no caminho até o museu, de judeus conhecidos de todas as áreas.

A visita é parcialmente guiada e essa conversa inicial é bastante importante e instrutiva. Nela por exemplo, soube que holocausto não seria o termos mais adequado para descrever os acontecimentos ocorridos na segunda guerra já que o termo significa "sacrifício no qual a vítima é queimada". O termo mais correto segundo os judeus seria "shoáh" ou "a catástrofe", mas como o termo holocausto é mais conhecido, acabou ficando esse o nome do museu.

Algo interessante que nos disse o guia também é que o shoáh não conta a história de milhões de judeus, mas a história de milhões de judeus durante a segunda grande guerra é que conta o shoáh, uma vez que cada história foi uma história diferente e o somatório de todas é que pode dar dimensão ao que aconteceu nesse período.

É chocante, tocante e essencial que essas histórias permaneçam vivas e contadas e nesse sentido o museu cumpre bem o seu papel. O museu não é muito conhecido, mas precisa ser.

Na saída há vários cartazes de judeus conhecidos, contendo sempre uma citação de cada um deles. Todas as citações são interessantes e importantes, mas a da filósofa norte americana Judith Butler é inteiramente aplicável ao Shoáh, à todos os genocídios que a raça humana já cometeu e até à situações que observamos não muito distantes de nós. Disse Judith Butler:

"O ódio vem do medo de deixar os outros viverem de forma diferente da sua"

Mas disse também Anne Frank: "Apesar de tudo, ainda acredito na bondade humana"

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