Uma casa incomum

 





No final do mês passado caminhando aleatoriamente pelo Hugo Lange, passei por essa casa que já não via há tempos e fiz as três primeiras fotos de hoje. As duas últimas, são de 2015.

Essa casa, coladinha no Graciosa Country Club, certamente causa no mínimo uma grande curiosidade em quem a vê da rua. Sem grades, muros ou cercas na fachada principal, os volumes que saltam para a rua nos faz pensar se são apenas elementos estéticos ou funcionais. Posso dizer que são ambos.

Em 2015 tive a oportunidade de conhecer essa casa por dentro, junto com um pequeno grupo do USK Curitiba, graças ao apoio do arquiteto que concebeu esse projeto residencial único em Curitiba, Marcos Bertoldi.

Concluída em 2011, foi construída num terreno especialmente selecionado pela vizinhança, tendo o campo de golfe do Graciosa Country Club como vista privilegiada a partir dela.

De um documentário (Traço Concreto), obtive as seguintes informações.

A casa acontece como residência (espaços íntimos) a partir do segundo pavimento, de onde tem-se acesso à vista do clube, principal motivação do projeto. O uso do concreto armado aparente foi opção do arquiteto, que obteve por parte do proprietário total liberdade criativa.

Nas palavras do arquiteto, quando se experimenta uma paisagem, existem altos e baixos, alargamentos e estreitamentos, claros e escuros. Percebe-se o mesmo na casa, que propõe muita movimentação.

A interpenetração dos dois elementos principais (concreto e vidro), propicia as duas principais perspectivas da casa: a urbana e a do clube. 

A casa não tem elementos decorativos. Todas as partes são funcionais, o que não impediu que o desenho das rampas, que se projetam na fachada, se tornasse um elemento plástico importante.

Na parte mais íntima da casa, os quartos revestidos na cor magenta funcionam como uma instalação, onde há também uma espécie de jardim secreto, no qual uma grande árvore cresce sem ser vista de qualquer ponto exterior.


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