A Inesperada Gravidez da Casa de Lambrequim

 


Conheço o amigo Fabiano Vianna há mais de 10 anos e nesse tempo de Croquis e Urban Sketchers Curitiba e além, tenho acompanhado as ideias, a criatividade e os traços do Fabiano, criando um universo Fabianesco bem reconhecível para todos que o cercam.

Ontem fui ao lançamento do segundo livro de contos do Fabiano chamado “A Inesperada Gravidez da Casa de Lambrequim” (Editora Arte e Letra - 2023), que hoje li praticamente numa sentada. 

É muito legal ver, ou melhor, ler os desenhos do Fabiano transformados em letras, palavras, parágrafos, contos! Todo o universo da borbulhante imaginação do Fabiano estão lá no livro, sempre tendo Curitiba e seus ícones como palco das histórias. 

E aliás, para não falarem que o Fabiano é doido sozinho, lendo o conto que dá nome ao livro, lembrei que fotografei uma casa de madeira grávida e também, um bebê casinha de madeira, que publico hoje aqui.

O Fabiano me mandou a seguinte resenha do livro:

O novo livro de Fabiano Vianna “A inesperada gravidez da casa de lambrequim” traz a continuação de várias histórias presentes em sua primeira publicação, “Quem costura quando Mirna costura”. Desta vez, é como se a partir de um “calombo” saíssem todos os elementos pictóricos e literários dessa Curitiba mítica, inventada ou percebida por ele. Voltam os potypos, tio Felice e sua invenções, a tia Neide que volita, Ana viajante no tempo e Mirna. Surgem novas figuras como o lobisomem anão, o lobisomem alfaiate, o minotauro-piá, a galinha bicéfila...

Há um tratado sobre os potypos, com toda história (pelo menos o que se sabe) deles, através de uma notícia de jornal sem fotos (porém com ilustrações), e narrada por colaboradores, entrevistados e comentaristas da publicação e muito mais!  

A cidade de Zaíra é definida por Italo Calvino, em As Cidades Invisíveis como fruto das relações entre suas medidas de seu espaço e os acontecimentos do passado. No capítulo “Potylândia, a oitava maravilha” do livro “Curitiba – melhores defeitos, piores qualidades”, Dante Mendonça discorre sobre o mapa afetivo do artista Poty – de uma Curitiba desenhada a mão, só com ruas que fazem sentido a ele. No fundo todos nós possuímos cidades imaginárias diferentes, subterrâneas à cidade real. A de Vianna é esta. E se ainda não é, trata-se ao menos do rastro de uma. Farrapos e fios de uma costura torta.   

O livro pode ser comprado diretamente na Livraria Arte e Letra (na Rua Desembargador Motta, 2011) ou no site da livraria.

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