Tudo azul

 

Na semana passada num belo dia de sol, na João Gualberto parei diante do Palacete dos Leões para fazer essa foto de hoje. É muito bom perceber que tudo que amamos na cidade continua lá, apenas esperando passar esse tempo estranho.

O Palacete dos Leões, inaugurado em 1902, é testemunho de um período de grande prosperidade no Paraná. Na virada para o século XX, a população de Curitiba ultrapassava os 35 mil habitantes. As construções na cidade aumentavam, exigindo a ampliação dos serviços de água, saneamento, esgoto, limpeza e iluminação. Nos bairros Batel e Alto da Glória foram construídas as mais belas e imponentes residências. O ciclo da erva-mate, chamada “ouro verde”, impulsionava a economia, enquanto Curitiba ganhava contornos urbanos e ares de modernidade.

Ao longo de oito décadas, o Palacete abrigou a família e os descendentes de Agostinho Ermelino de Leão Júnior, fundador da empresa produtora do Matte Leão.

Com a morte de Leão Júnior, em novembro de 1907, o Palacete, bem como os negócios do ramo ervateiro passaram ao comando de sua esposa, Maria Clara de Abreu Leão, que ali viveu até 1935, ao lado de muitos parentes. A tradição do Palacete seguiu pelas mãos de uma das filhas do casal, Maria Clara Leão de Macedo, casada com o comerciante Tobias de Macedo. No antigo Palacete também criaram os seus filhos, viram nascer os netos e encerraram, no final dos anos 70, o ciclo de vida da família Leão nesse lugar.

Fonte: BRDE - Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul

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