Happy Halloween ou Feliz dia do Saci?

 




Creio que foram as escolas de inglês que começaram a trazer para o Brasil o Halloween, uma festa de origem celta de mais de 2500 anos, comemorada no último dia do verão quando acreditavam, os espíritos saiam dos cemitérios para importunar os vivos e por isso, para afastar esses espíritos, objetos assustadores decoravam as casas. Com o objetivo de diminuir as influências pagãs na Europa Medieval, a Igreja cristianizou a festa, criando o Dia de Finados (2 de novembro).

A vela na abóbora tem sua origem no folclore irlandês, por conta de uma lenda sobre um homem chamado Jack, que enganou o diabo várias vezes e que depois de morto, foi impedido de entrar no céu e também no inferno. Meio com dó da alma vagante, “aquele que não ri” lhe deu uma brasa única para que ele pudesse iluminar sua passagem pela escuridão. A brasa era colocada dentro de um nabo. Quando os imigrantes foram para a América, os nabos foram substituídos por abóboras por serem mais abundantes. São conhecidas por Jack O'Lantern.

Para contrapor a invasão do "trick or treat" foi criado via lei federal nº 2.762, de 2003 o "Dia do Saci", o simpático personagem do folclore brasileiro, representado como um ser travesso, negro, de uma perna só, com gorro vermelho e pitando um cachimbo. De origem indígena, esse ser mítico habita as florestas e tem como grande característica o fato de ser travesso e pregar peças nas pessoas, atazanando animais, viajantes e nas casas atrapalhando a vida doméstica, queimando comida, colocando sal no lugar do açúcar e outras. 

Não sei se é o caso de banir o halloween já que as crianças parecem gostar de toda a diversão e principalmente dos doces que ganham, mas não deveríamos deixar morrer as nossas lendas e mitos. O Saci faz parte da minha infância/adolescência por causa dos livros de Monteiro Lobato e da série "O Sítio do Picapau Amarelo", por isso tenho simpatia por essa figurinha.   

As fotos que usei para ilustrar essa postagem fiz há muito tempo, de uma escola de inglês na Souza Naves no Alto da XV,

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