Edificio Anita no outono

 




Vi recentemente uma postagem de uma foto do Edifício Anita na qual uma pessoa num dos comentários lamentava o prédio estar abandonado. Creio que a confusão foi causada pelo fato da hera, que lindamente cobre toda a fachada do prédio, estar no seu ciclo natural e no outono/inverno muda de cor e perde folhas, mas na primavera/verão, volta ao seu verde exuberante, como podemos constatar na última foto feita no verão de 2016. 

O Edifício Anita não só está ocupado, como está muito bem ocupado. Lá está (dentre outras empresas) a Lona Arquitetos, cujo proprietário (Guilherme de Macedo) é o idealizador do projeto PRÉDIOS DE CURITIBA, que gerou um livro homônimo que esgotou sua primeira impressão, mas cuja reimpressão tem uma campanha no site de financiamento coletivo Catarse. Para garantir seu exemplar com vantagens, siga o link para o Catarse do Prédios de Curitiba.

Na década de 50, um jornalista que figurava na imprensa local por sua imparcialidade e serenidade iniciou as obras de um prédio com o intuito de uso familiar, construído em frente a uma praça, a qual um dia receberia o seu próprio nome, o Largo Frederico Faria de Oliveira. O nome dado ao edifício resume a bela homenagem feita à sua esposa, Anita, com quem teve duas filhas.

Apesar do porte baixo, o prédio é praticamente dono da esquina na trifurcação das ruas Cândido Lopes, Carlos de Carvalho e Ermelino de Leão. Porém, ao longo do tempo, acabou cercado por vizinhos gigantes, como os edifícios Tijucas e Souza Naves, além do Hotel Tibagi.

A parte térrea foi destinada para o comércio, sendo o inquilino mais notável o Sr. Nagib, que permaneceu no local com sua quitanda de frutas de 1958 a 2016. A passagem dos cineastas Francis Ford Copolla e Anthony Quinn até hoje são motivos de orgulho para os frequentadores; por lá passaram também os tradicionais cafés Metrópolis e Caruso.

Em 1991 ocorre a maior transformação do edifício: a construção de uma inusitada casa no terraço, realizada por Guenther Kuschick, marido de Eleonora, uma das filhas do jornalista.

Construído de certa forma simplista, o edifício apresenta inspiração no art déco com elementos que marcam a fachada, atualmente ocultada por plantas que se transformam ao longo das estações. (Fonte: Texto de Guilherme de Macedo no site do Prédios de Curitiba).

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