Quem costura quando Mirna costura

 



Recebi de um Uber, num carro enorme dirigido por um Potypo, o livro “Quem costura quando Mirna costura” (Curitiba: Arte & Letra , 2021) do amigo, ilustrador e escritor Fabiano Vianna.

Passear os olhos pelos desenhos e textos do Fabz é como circular por Curitiba, mas uma Curitiba Fabianesca, repleta de tudo que define a Curitiba que amamos, porém, entremeada por situações incomuns que soam comuns, fantasmas, coisas, pessoas, criaturas, lugares fantásticos, Potys e Daltons. Uma delícia a cada pincelada ou a cada letra, palavra, frase, parágrafo, conto!

O Fabz me mandou o seguinte texto:

“Quem costura quando Mirna costura” é meu primeiro livro de contos. As histórias, ilustradas, formam um mosaico costurado pelo visível e o invisível. Os fantasmas aqui não representam apenas os desencarnados, mas também as memórias – como se habitassem planos em tempos sobrepostos. 

Sempre gostei dos livros “com figuras”, como os do Dalton Trevisan ilustrados pelo Poty Lazzarotto, os do Gabriel Garcia Marquez pelo Carybé, do Valêncio Xavier pelas colagens com desenhos e fotografias antigas, etc. 

As histórias sempre surgem na minha cabeça em texto e imagem. Talvez pelo fato de ser escritor e ilustrador. Mesma a mancha de palavras também possui um desenho para mim.

Não se trata apenas de contar uma história, mas como contá-las. Para mim, a forma é muito importante. 

Penso que cada livro tem sua história-mór, sua intenção principal. Eu acho que os contos de “Quem costura quando Mirna costura” estão bem cosidos – como um vestido que precisa além de vestir bem, ser proporcional ao caimento nas medidas, possuir bolsos onde se possa carregar algumas recordações.  (Fabiano Vianna, Julho 2021).


Comentários

Postagens mais visitadas