A casa de madeira ausente na Rua Dr. Zamenhof
Foto de Lina Faria
Foto de Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Essa é possivelmente a mais notável casa em madeira já construída em Curitiba. Não sei se o interesse por Esperanto de seu construtor, o contador Augusto Gonçalves de Castro, aconteceu depois dele ter adquirido o terreno na Rua Dr. Zamenhof ou se ele buscou essa rua para seu endereço justamente pelo seu já adquirido interesse pela lingua universal.
A casa é conhecida como a "Casa da Estrela" não por acaso. Nela a estrela de 5 pontas era recorrente por ser um dos símbolos do esperanto (5 pontas representam os 5 continentes) e era pintada de verde por ser esse mais um símbolo do esperanto.
A casa já não está mais na R. Dr. Zamenhof. Para que fosse protegida, ela foi doada pelos seus herdeiros, foi desmontada (como mostra o início desse trabalho em 2006 na segunda foto postada hoje) e espero, em breve será re-inaugurada em seu novo endereço, onde a fotografei já lindamente restaurada, quando pretendo fazer um novo post sobre ela, contando outras histórias.
Enquanto isso não acontece, segue um pouco da história do homem que dá nome à rua onde ela foi construída.
Ludwik Lejzer Zamenhof ou aportuguesando Lázaro Luiz
Zamenhof ou abrasileirando Ludovico Zamenhof, nasceu na cidade de Bialystok em
15/12/1859, na época pertencente ao Império russo, mas atualmente pertence à
Polônia e faleceu na cidade de Varsóvia
em 14 de abril de 1917. Foi um oftalmologista e filólogo judeu polonês. Criador
do esperanto, a língua artificial mais falada e bem sucedida no mundo. Seus
idiomas nativos eram o russo, iídiche e polonês, mas ele também era fluente em
alemão. Posteriormente aprendeu francês, latim, grego, hebraico e inglês além
de se interessar por italiano, espanhol e lituano. Na época, falavam-se várias
línguas em Bialystok, gerando muitas dificuldades de compreensão entre as
diversas culturas. Isto motivou Zamenhof a buscar uma solução para o problema,
e durante anos, foi desenvolvendo o esperanto em um processo longo e
trabalhoso. Continuou com os seus esforços apesar de que no ano 1879 ter
aparecido o Volapük, que era um projeto de língua internacional criado por
Johann Martin Schleyer e que desapareceu depois do lançamento do esperanto.
Zamenhof havia aprendido o Volapük, mas os defeitos dessa língua o motivaram a
prosseguir com os seus planos. Finalmente, no ano 1887 e com a ajuda econômica
de seu cunhado, logrou publicar um pequeno manual intitulado Internacia Lingvo
("Língua Internacional", em esperanto) com pseudônimo de Doutor
Esperanto, palavra que acabou por se converter no nome de sua criação.
Espero que a fotógrafa Lina Faria (que tem o blog http://naftalina55.blogspot.com.br/) e a Gazeta não se incomodem por eu usar as suas imagens, devidamente creditadas.
Seria possivel eu entender como é essa casa por dentro? seria possivel isso? SOu tão, mas tão apaixonada por casas "Antigas" que pretendo construir uma assim pra mim. Eu gostaria de um passeio fotografico por dentro dela (lógico) já restaurada, pois imagino que a antiga já não mais existe (como você disse) foi desmontada, contudo, penso que deve ter sido re-construida/repaginada, mas mantendo os mesmos padrões e contornos do seu original. Estou fascinada! Ela é realmente fantastica! Outra vez suspirando por aqui, não por todos os teus posts que amo, mas especialmente pelas reliquias e especiais casas de madeira que tu postas. Grande abraço e valeu pelo presente aos meus olhos neste ultimo dia de 2012!
ResponderExcluirA Casa da Estrela foi minuciosamente desmontada e transladada para outro local, após recuperação da Madeira e restauro. Ela é muito mais interessante vista de dentro e eu tive o privilegio de poder fazer algumas imagens após o restauro. Aguardo um sinal verde para poder publicar as imagens e contar mais historias sobre a casa. Abraço.
ExcluirA casa estrela hoje está restaurada e localizada dentro do campus da PUC-PR.
ResponderExcluirOí Fred. Estou aguardando a inauguração da casa! Espero que aconteça em breve!
ExcluirVou ficar esperando as fotos. Que coisa linda essa casa!
ResponderExcluirSempre que vejo uma casa de madeira lembro dos seus posts. Não sei se você já esteve na Prof. Paulo D'Assumpção. Tem várias casas de madeira, sobretudo no seu final, bem próximo à padaria Akipão.
Um abraço.
Obrigado pela dica Gina. Vou programar uma visita à essa rua (vi no Google que ela tem várias casas em madeira bem bonitas). Abraço.
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