Último dia da Corrente Cultural 2013









Para não dizer que não estive na Corrente Cultural 2013, dei uma pequena pausa nas obrigações desse domingo e fui tentar fazer algumas fotos. No Palco da Boca Maldita estava rolando o show do Crioulo, mas o mais perto que consegui chegar foi no Bondinho. A quantidade de pessoas circulando pelo centro de Curitiba, ainda mais num domingo, era enorme! O calor estava muito forte (29 graus) e o sol não dava trégua, para alegria dos vendedores de sorvete, água, refri e logicamente, cerveja. Caminhando entre as pessoas na rua das Flores, encontrei de tudo, crianças, casais e galeras de todas as tribos (inclusive dos geravam ondas de fumaça de maconha). Até um pichador eu vi em ação, rabiscando uma parede com uma espécie de pincel atômico com a ponta do tamanho de uma bola de ping-pong, enquanto sua namorada fazia guarda.
Fui até o palco da Riachuelo, mas nada estava acontecendo naquele momento. Na Monsenhor Celso, onde foi instalado um palco intitulado "Chega e Toca", um rapaz tocava músicas de inspiração gaúcha para uma platéia de milhares de duas pessoas.
Nesse ano a Corrente Cultural homenageia Waltel Branco, nascido em Paranaguá em 1929, considerado um gênio da música, que hoje mora em Curitiba. Ele trabalhou com músicos importantes nos Estados Unidos, Europa, Cuba e Japão. Manja a música tema da "Pantera Cor-de-Rosa"? Isso mesmo! Aquela! Pois então, é dele! Dentre os músicos que trabalharam com ele, figuram pessoas como Nat King Cole, Dizzy Gillespie, Chick Corea, Henry Mancini, Igor Stravinski, Quincy Jones, Tom Jobin, Baden Powel, João Gilberto (no álbum Chega de Saldade, assinando portanto o nascimento da Bossa Nova). Quando tocava em Nova York com Dizzy Gillespie, conheceu um brasileiro chamado Roberto Marinho que estava comprando traquitanas nos Estados Unidos para abrir uma emissora de TV no Rio de Janeiro e o convidou para trabalhar com ele. Por causa desse convite, centenas de trilhas sonoras de novelas, programas e séries da Rede Globo tem a mão do Waltel Branco. Pouco conhecido do grande público (quem vê a frágil figura não imagina a sua importância), ele recentemente recebeu o titulo de Doutor Honoris Causa da UFPR, o primeiro concedido pela universidade a um músico. Homenagem portanto mais do que merecida!

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