Novas inscrições rupestres


Moro em Curitiba desde 1977 e desde que aqui cheguei, por inúmeras vezes caminhei pelo São Francisco em qualquer dia da semana, com ou sem a feirinha, que na época que a conheci era chamada de feirinha hippie.

As ruínas de São Francisco obviamente estão lá muito mais antes do dia passei a morar em Curitiba, mas apenas muito recentemente presenciei uma situação muito incômoda. Havia uma grande brecha na grade que protege as ruínas que permitia às pessoas ultrapassarem um limite que não deveriam e circularem por dentro das ruínas. Uma vez lá dentro, percebia-se que um espaço havia se transformado num quarto e outro em banheiro. Nas paredes (digamos assim) externas hoje existem inacreditáveis pichações, feitas quem sabe pelos novos homens da caverna.

A abertura da grade foi fechada, o morador ou moradores parecem ter sido retirados, mas as marcas continuam ali para nos lembrar que a preservação do nosso patrimônio não é feita apenas através de grandes e caras ações de restauro ou reforma, mas essencialmente por um cuidado que deve ser DIÁRIO, atento e porque não, carinhoso, em respeito à todos que hoje desfrutam desses bens e à todos que têm o direito de desfrutar no futuro.

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