Alfajor?


Quando fiz essa postagem em 15/06/2019 pretendia apenas comentar o quanto caminhar pela rua XV já não é mais como antes, quando o único que demandava algum tipo de atenção era o "Sombra" que junto ao Bondinho andava atrás das pessoas, imitando exageradamente os distraídos.

Hoje em dia caminhar pela XV sem ser abordado a cada quadra e por vezes, mais de uma vez em cada quadra é praticamente impossível. Há sempre algo a oferecer: trufas, crédito, dinheiro (caso tenha ouro ou prata para vender), óculos, refeições, pesquisas e como na foto, alfajores.

Ontem um comentário nesse post extremamente agressivo e mal educado, me fez voltar à ele. Como não pretendo dar palanque para "hater" de teclado, apaguei o comentário, mas aceito a crítica.

Hoje, 12/01/2022, caminhava pela Travessa Senador Alencar Guimarães no Centro, quando fui abordado por um rapaz com um cooler em mãos (já não são mais isopores), me oferecendo um alfajor. Comprei o alfajor po R$5,00 e aproveitei para perguntar que projeto é esse do qual ele, dentre tantas coisas que disse, mencionou. 

Disse ele que trata-se do Projeto Cristão Esperança e que todos os rapazes (sempre muito educados e descontraídos) que ficam na rua XV e calçadões adjacentes, participam desse mesmo projeto, cujo objetivo é a reinserção social de pessoas em situação de rua ou risco social. Muito nobre a causa.

Mais um adendo à essa postagem. No dia 29/08/2022 a Rua XV foi palco de uma (literalmente) briga de rua envolvendo alguns vendedores de alfajores e supostos agenciadores de modelos, com direito à facada e detenção de 8 dos envolvidos. A briga tinha, segundo reportagem, relação com "defesa de território". 

Sem qualquer juízo a respeito da ONG que fornece os alfajores para venda e que imagino, o lucro dessas vendas deve ajudar à instituição, a forma de abordagem que as pessoas, nós os cidadãos, sofremos ao caminhar pela XV infelizmente tira um pouco o prazer de circular pela região. A prefeitura comentou que a venda desses produtos não é autorizada por várias questões, inclusive sanitárias. Como qualquer comércio, acho que esse também deveria seguir as regras à que todos se submetem.

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