Casa Renaux




A Casa Renaux de 1952, foi de certo modo, o primeiro contrato da vida profissional de Rubens Meister, seu primeiro freguês, como afirmava em entrevistas. Foi o projeto no qual o profissional pode realmente cobrar honorários justos, visto que na época as construtoras ofereciam o projeto de graça, ou seja, o custo referente a esses serviços estava incluído no valor total da construção, dessa forma era difícil manter um escritório especializado em projetos, como era o caso de Meister, que se voltava exclusivamente a projetos arquitetônicos.

Contratado por Alma Mathilda Gleich Renaux, o Edifício Paulo Renaux, como era chamado, possuía nos quatro primeiros pavimentos as dependências da Casa Renaux, uma loja destinada a vendas de artigos de lã, malhas, tecidos, tricotagem, entre outros produtos, e na cobertura abrigava uma residência.
Meister projetou o edifício nos mínimos detalhes, desde elementos construtivos complexos, como os brises, que chamou de cortina difusora, até os mais simples, como a correta instalação dos tacos de madeira, soleiras, rodapés, guarda-corpos, esquadrias, entre outros tantos aspectos que constituíam o projeto.

Seu maior desafio foi a resolução da cortina difusora, que tinha como função impedir a incidência direta do sol na fachada frontal, funcionando como elementos de sombreamento. Confeccionada com tubos de fibrocimento e parafusadas entre si, o elemento construtivo exigiu um detalhamento preciso e também uma grande perícia executiva. 

Edifício Paulo Renaux
Autor: Rubens Meister
Data do Projeto: 1950
Data da entrega da obra: 1952
Área do terreno: 272,00 m2
Área construída: 1.131,08 m2

Fonte: “Rubens Meister Projeto e Obra”. Autores: Deborah Agulham Carvalho, Fábio Domingos Batista, Paulo Chiesa. Curitiba, PR: Grifo, 2019. Páginas: 119-123.

Uma curiosidade: a cortina difusora na fachada é composta por 540 elementos em 20 linhas x 27 colunas.



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