As galerias comerciais de Curitiba: Galeria Suissa



Vou iniciar hoje uma pequena série sobre as galerias comerciais do centro de Curitiba. Por quase 20 anos morei no centro (no Edifício Asa, uma das galerias que comentarei) e é praticamente impossível circular pelo centro da cidade sem passar, parar e adquirir algum produto ou serviço que é oferecido por essas galerias, que podem ser consideradas sem sombra de dúvidas, as precursoras dos shopping centers de Curitiba. A diversidade de produtos e serviços é mais abrangente do que num shopping, o espaço é democrático, os preços são competitivos e em comparação com os outros comércios de rua, trata-se de um espaço mais seguro.

Existem dezenas de galerias em Curitiba, mas irei aqui abordar apenas aquelas que fizeram ou fazem parte da minha vida e de minha história, espaços pelos quais circulei à caminho de casa, da faculdade, do meu curso de inglês ou por qualquer outro motivo.

O jornalista José Carlos Fernandes, colunista da Gazeta do Povo, produziu o seguinte texto dentro da proposta dos "50 Motivos para amar Curitiba", espero que não se importem pela reprodução:

As vovós dos shoppings

Há três anos pus o pé no petit-pavê e saí contando quantas galerias têm o Centro de Curitiba e vizinhanças. Naquela época, a conta deu 24. Achei que era o número exato. Mas, a cada circulada, parece que uma nova galeria corta a quadra ao meio e desmente a contabilidade. Vá lá – devem ser cerca de 30 “avós dos shoppings” espalhadas pelo principal bairro da cidade. E elas valem o show.
O arquiteto Rafael Dely, morto em 2008, dizia que “toda cidade procura uma identidade. A de Curitiba está nas galerias.” E outro arquiteto, Salvador Gnoato, lamenta que esses espaços acolhedores tenham sido substituídos, no urbanismo contemporâneo, por áreas mais funcionais.
Cá pra nós, não é de todo impossível que galerias como a Tijucas e a Lustosa saiam da obscuridade e se tornem novamente lugares para zanzar numa tarde vadia. A cada vez que um grupo de comerciantes se dispõe a salvar o Centro da decadência, a luzinha acende: é a hora e a vez de lugares como a Pinheiro Lima ou a Suíssa. Aliás, tem galerias para todos os gostos, das “pré-históricas”, abertas para a rua – como o trecho da XV com a Monsenhor Celso –, às “populares”, como a Andrade. Refaça esse mapa você mesmo. José Carlos Fernandes.

A GALERIA SUISSA.
A Galeria Suissa, cujo endereço é Rua Marechal Deodoro, 262 (ligando a Marechal Deodora à José Loureiro), possui loja de materiais elétricos, restaurante, casa de câmbio e turismo, informática, modeladores, produtos de higiene e beleza, moda feminina e masculina, equipamentos eletrônicos, jóias, casa e jardim, material escolar e escritório, alimentos, games e cópias xerográficas e heliográficas.
Ponto de referência para qualquer morador de Curitiba, a Galeria Suissa foi inaugurada em 12 de outubro de 1962, nessa época conhecida por Galeria Alberto Bolliger, servindo apenas uma loja: a Casa Suissa, que vendia eletrodomésticos, móveis, brinquedos e material elétrico. A Casa Suissa ainda hoje mantém-se na galeria, comercializando material elétrico, sob a administração de outra família. Aos Bolliger cabe hoje a administração da galeria como um todo. Desde 1977 a galeria foi aberta para outras lojas.

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