Sede da Emater
Pedi autorização para fotografar internamente, ao que fui atendido com muita gentileza e de bônus, fui apresentado a um pequeno museu que conta a história da Emater por um funcionário (Sr. Oswaldo) que tem perto de 40 anos dedicados à Emater. Ele mostrou-me os vários projetos desenvolvidos pelo órgão ao longo de sua história (sempre acompanhado de um suspiro de saudade) e também, o primeiro veículo que compraram (um Jeep).
Coincidentemente nesse mesmo dia passei pelo MON e lá sob a grande lage, há uma exposição sobre arquitetura e um dos boxes apresenta exatamente esse prédio. Essa parte da exposição, que no todo chama-se "Tupi or not tupi", tem curadoria do Prof. Salvador Gnoato e especificamente sobre o prédio, cujos arquitetos foram Forte Netto, Orlando Busarello, Dilva Slomp e Adolfo Sakaguti, extraí o seguinte texto: Para essa sede de organismo estatal, os arquitetos adotaram uma solução formal criativa para os espaços comuns de circulação. Este conceito resultou em um edifício com uma de suas faces inteiramente inclinada. Conforme orçamento demonstrado pelos arquitetos, a mesma construção com desenho convencional teria um custo mais elevado. A presença extensiva de concreto aparente e a forma inusitada são características brutalistas. O uso de arcos em diversos sentidos interpreta características da arquitetura do século XIX.
Pouco depois da publicação desse post, tive a honra de receber no FB algumas importantes
informações a respeito desse prédio diretamente de Dilva Slomp Busarello, uma
das arquitetas que o projetou, as quais acrescento aqui. Nesse contato, ela informou que o conceito da
fachada inclinada foi concebido para receber o sol no inverno quando o ele fica
a 49 graus, possibilitando a entrada dos raios solares, aquecendo o interior do
edifício. No verão as floreiras que fazem o papel de "brise", com o
sol a 89 graus beneficiam o microclima interno, resultando num ambiente
confortável.
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