Por dentro do Hotel Johnscher
A história do Hotel Johnscher tem início no ano de 1917, quando a família Johnscher (família de imigrantes alemães donos de hospedaria na cidade de Paranaguá) resolve aproveitar um dos eixos hoteleiros da Curitiba da década de 1910 para explorar um estabelecimento ali existente.
Este eixo é a Rua Barão do Rio Branco (até 1912 Rua da Liberdade) que neste período é o caminho natural de passageiros que chegam e/ou saem de Curitiba utilizando a Estação Ferroviária. Outro detalhe da importância desta rua era que ali estavam os principais prédios públicos da cidade, tanto da administração municipal como estadual.
Os Johnscher, transferindo residência do litoral para a capital, assumiram, em 1917, a administração do Hotel Paris instalado no imóvel da família Parolin. A primeira tarefa dos novos administradores foi mudar o nome, pois a reputação do anterior não era boa. Com o passar dos anos e algumas reformas no prédio, os Johnscher elevaram o prestígio do estabelecimento de "má fama" para um dos mais importantes hotéis do sul do país.
O "Johnscher" foi um dos primeiros estabelecimentos sulistas a dispor de rede de telefonia interna, água quente e fria encanada, lavanderia própria a vapor, câmera frigorífica, entre outras benfeitorias e a sua clientela alvo, nos primeiros anos, eram comerciante em viagens de negócios.
Sobre a administração de Francisco L. Johnscher, o prestigio do hotel foi elevando-se gradativamente e chega ao seu ápice nas décadas de 40 e 50 quando o estabelecimento já era referência de qualidade e tradição, recebendo personalidades de diversas áreas.
Após a morte de Francisco Johnscher, em 1962, o hotel continuou com a família até meados da década de 1970 quando o estabelecimento fechou as suas portas. O prédio do Hotel Johnscher ficou fechado por aproximadamente vinte anos, sofrendo, neste período, grande deterioração.
Em 1995 foi doado ao município de Curitiba que repassou, através de licitação, a iniciativa privada como forma de preservar o patrimônio histórico, pois o mesmo foi classificado como UIP (Unidade de Interesse de Preservação).
A rede San Juan de Hotéis assumiu, em 2002, a responsabilidade de reformar e explorar, por 35 anos, o imóvel. Na reforma foram mantidas as linhas e a arquitetura eclética dos prédios do início do século XX em um sobrado de três pavimentos e de aproximadamente 610 metros quadrados de área construída. Fonte: Wikipedia
Publico hoje as fotos do hotel que fiz no último domingo, inclusive algumas feitas internamente onde encontrei belíssimas fotos antigas de Curitiba.
Quanta história escondida que você nos revelou. Meus cumprimentos. Já estou pensado em me hospodar ho Johnscher, quando visitar Curitiba.
ResponderExcluirAo olhar as fotos do presente e do passado, fico a imaginar a infinidade de fatos que o tempo se encarregou de encobrir em cada porta, janela e tijolo antigo de Curitiba.
Oi Julio. Sem dúvida esse hotel testemunhou muito da história de Curitiba. A rua onde fica, Barão do Rio Branco, foi por muito tempo a porta de entrada e saída de Curitiba, onde os principais prédios da administração estadual e municipal e da justiça se encontravam (hoje apenas a Câmara dos Vereadores permanece). Acho que hospedar-se ali deve ser uma boa experiencia, além da localização privilegiada.
ExcluirInteressante conhecer a história deste belo edifício e, melhor ainda, é saber que ele segue bem conservado e continua a serviço da cidade, seja como referência do passado ou como espaço urbano. Conheci seu blog há pouco tempo, Washington, quando procurava informações sobre o professor Léo Grossman. Continue a nos brindar com suas excelentes fotos e referências históricas! Mais beleza para o nosso cotidiano. É disso que precisamos.
ResponderExcluirOlá RIcardo. TAmbém entendo que a melhor forma de preservar um prédio histórico passa pela sua ocupação, sem desfigurar o imovel, logicamente. Muito obrigado por curtir o blog. O mantenho há quase 10 anos por amor e gratidão à essa cidade.
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