Rua Comendador Araújo


Chefe político oriundo de Antonina, Antonio Alves de Araújo foi deputado provincial. Também ervateiro, possuia importante posição social e econômica em razão de seu comércio. Morava na rua que recebeu o seu nome e nela morreu. Sua casa, um sobrado de esquina com a Praça Osório, foi demolido na década de setenta para dar lugar à um edifício (retratado nesse blog nos posts sobre arquitetura modernista).

Enquanto residia no local, a rua chamava-se Rua da estrada do Mato Grosso ou simplesmente rua do Mato Grosso, que desafogava a rua da Entrada (hoje Emiliano Perneta).

Em novembro de 1887, inaugurou-se a linha de bondes puxados por burricos, que passaram a circular por Curitiba. Devido a esse fato, vários comerciantes e industriais, ao transferirem-se do litoral para Curitiba, escolheram a rua do Mato Grosso para fixar residência.
Em 30 de abril de 1888, um aristocrata da erva-mate deu o nome definitivo à rua: Antônio Alves de Araújo, Comendador da Ordem da Rosa, falecido logo após ter recebido esse título do imperio, que cairia logo depois. O ambiente residencial então existente, foi transformado ao longo do tempo numa região de comércio. A Casa Glaser, permanece ainda hoje, como a última testemunha de toda essa história.
Fonte: Livro "Ruas e histórias de Curitiba" de Valério Hoerner Júnior. Editora Artes e Textos. Curitiba, 2002

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