João Turin no MON
A mostra “João Turin – vida, obra, arte”
expõe 130 bronzes, sendo grande parte deles inéditos. Entre as peças estão as
que o consagraram como um dos principais escultores animalistas brasileiros:
“Marumbi”, “Luar do Sertão”, “Tigre pisando na cobra” e “Onça à espreita”.
Os
visitantes também podem admirar de perto o “Frade”, escultura selecionada pelo
governo brasileiro para presentear o Papa Francisco em sua visita ao Brasil em
2013, o que coloca João Turin entre os raríssimos artistas brasileiros presentes
no Museu do Vaticano.
A mostra também traz a Pietá, feita em 1917 para a Igreja
de Saint Martin, em Condé-sur-Noireau, na França. Mesmo depois de a região ter
sido severamente bombardeada e a Igreja de Saint Martin, com mil anos de
história, seriamente danificada, a escultura permaneceu intacta. Sobre os
traços da Virgem Maria, Turin teria se inspirado na célebre dançarina Isadora
Duncan.
Além de documentos, desenhos, estudos e cartas do artista paranaense, a
exposição traz uma reconstrução da “Casa Paranista”, símbolo maior do
“Paranismo”, movimento artístico onde Turin foi um dos idealizadores, que
buscava expressar, na arte e arquitetura em geral, símbolos tipicamente
paranaenses, como o pinheiro e o pinhão.
João Turin nasceu em Porto de Cima,
município de Morretes, no ano de 1878, um ano após a chegada de seus pais ao
Brasil, vindos da Itália. Desde criança demonstrou interesse pelas artes e pela
escultura. Já adulto, Turin recebeu do governo paranaense uma bolsa de
aperfeiçoamento e, aos 27 anos, ingressou na “Académie Royale des Beaux Arts”
de Bruxelas, na Bélgica. Em sua temporada na Europa, Turin foi contemporâneo de
Auguste Rodin, Picasso, Modigliani, Mondrian, Chagall, Matisse, Rilke, Jean
Cocteau, Victor Brecheret, entre outros. Retornando ao Brasil, o ‘bom gigante’,
como era conhecido o artista pelos seus quase dois metros de altura, optou por
instalar-se em Curitiba, onde permaneceu até a sua morte, em 1949.
Fonte: http://www.museuoscarniemeyer.org.br/
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