O Templo Evangélico Luterano da Inácio Lustosa de perto
Sempre tive curiosidade de conhecer de um pouco mais de perto o discreto templo luterano que fica na Inácio Lustosa. No ano passado tive a oportunidade de entrar no templo, mas somente agora esbarrei novamente nas fotos que fiz e hoje as publico.
Descobri somente hoje que o templo foi tombado pelo patrimônio histórico estadual e no livro do tombo se lê o que segue: "A igreja Luterana, com cem anos completados em 2013 representa um momento importante na história de muitas famílias alemãs estabelecidas em Curitiba em fins do século XIX, início do XX. A comunidade evangélica, no início realizava suas atividades em locais cedidos pelos fiéis ou locados de terceiros. Em agosto de 1912 é lançada a pedra fundamental para o templo. A obra foi executada em seis meses, em alvenaria de tijolos, implantada em terreno de mil metros quadrados aproximadamente na Rua Inácio Lustosa. Tem características de linguagem com influência germânica. Internamente o espaço é sóbrio com discretas pinturas parietais. As janelas têm bandeiras ogivais com vidros amarelos que filtram a luminosidade. O templo está implantado junto à divisa posterior criando um amplo jardim frontal que confere singeleza e expressividade à área e à implantação no quadro urbano de Curitiba. Além do espaço para culto o local se notabilizou pelas apresentações de música erudita. Também abrigou no início do século XX o primeiro jardim de infância da Capital. O tombamento abrange a Igreja, o terreno onde está implantada e as demais construções. Tombamento aprovado pelo CEPHA em 26 de agosto de 2013 e mantido por decisão tomada em reunião extraordinária de 16 de outubro de 2013."
Há também uma bela matéria da Gazeta do Povo de 2016 no caderno Haus que vocês podem ler aqui.
Muitas lembranças de infância na Igrejinha, como carinhosamente a chamamos. Washington, reparou na 8a. foto o raspador de calçados escondido pela porta de entrada?
ResponderExcluirOutra curiosidade, mesmo esse templo ser de 1913, o templo da Rua Trajano Reis é mais antigo, erguido em 1894.
Sim! Que bacana né? Dai vem o termo "pé rapado" para os mais pobres que chegavam às igrejas sem condução e com os pés no barro.
ExcluirEsse pequeno templo é uma dissidência daquele da Trajano, não é?
Legal saber que o frequentava quando criança.
Belíssimas fotos. A esse conjunto, das tuas fotos e da matéria da Gazeta, soma-se um livro editado a uns 10-15 anos atrás, sobre esse templo, sua história e contexto. Tenho essa peça. Procurei no meu acervo de livros e não o achei. Minha cara-metade andou fazendo uma 'arrumação' e sempre após essas ocasiões, não acho mais nada ...
ResponderExcluirO lugar parece um oásis de calmaria e acolhimento numa cidade já não mais tão calma e acolhedora como foi um dia.
ExcluirHá muitos templos, vamos dizer assim, curiosos, ligados à etnias de imigrantes. Uma delas é a de Santo Estanislau, na rua Emiliano Perneta. As ucranianas ortodoxas, da rua Martim Afonso e das proximidades da avenida Kennedy, a mesquita da rua Dr. Kellers; o templo luterano da Trajano Reis; há uma na Colônia Órleans, próxima à rodovia 277, na entrada de Curitiba ... Aliás, esses e muitos outros templos marcantes, mereceriam até um livro sobre o tema ...
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