What's new pussycat?
Em 2013 um projeto aprovado pelo mecenato da Prefeitura de Curitiba previa a produção de três grandes painéis com inspiração no cinema em fachadas sem vida de prédios da cidade.
Os dois primeiros foram produzidos no mesmo ano: um inspirado no filme "O Iluminado" ao lado do Guairinha e outro inspirado no filme "Ray" na Marechal Deodoro.
Segundo Celestino Dimas numa entrevista, "utilizamos um projetor para refletir a imagem na grande tela. Além de uma referência direta ao cinema, era uma maneira de se obter um molde naquela escala. Foi uma escolha técnica e poética.”
O terceiro painel deve ter esbarrado em muitos obstáculos, sendo que um deles pelo que soube, foi a não anuência de 100% dos condôminos de um prédio perto do Café do Estudante. E os anos se passaram...
No final de 2018 finalmente o terceiro painel foi entregue à cidade em outro local - a Biblioteca Pública do Paraná - e com outro tema - uma cena do filme "O que é que há, gatinha" ou no original "What's New Pussycat?", sendo a ideia original do projeto uma cena do filme "Frankenstein", mas considerando a nova localização, a mudança foi bem coerente e certamente mais bonita.
O projeto "Motion Layers" teve a curadoria de Celestino Dimas com execução dele, de Eduardo Melo, Artstenciva e Leandro Lesak, o Cínico. Cada um criou um dos painéis, sendo o da biblioteca de Celestino Dimas, o "O Iluminado" de Eduardo Melo e o "Ray" de Leandro Lesak.
Eles optaram por não assinar os painéis, sobre isso "Dimas diz que os três têm muito mais para oferecer à cidade do que apenas os seus nomes. “Se incluíssemos nossas assinaturas, precisaríamos incluir também a logomarca dos patrocinadores, e queríamos que fosse apenas um presente para a cidade...", num trecho de um entrevista para a página do escritor e jornalista literário curitibano Rômulo Zanotto que vocês podem ler na íntegra nesse link.
A cena do painel foi extraída do filme "What's New Pussycat? de 1965, com roteiro de Woody Allen, direção de Clive Donner, na qual o personagem de Woody Allen beija o personagem de Romy Schneider.
Ars Gratia Artis!
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