Casa da Estrela - uma casa de madeira única em Curitiba - Interior
A Casa da Estrela foi construída de forma artesanal pelo
contador Augusto Gonçalves de Castro, basicamente com o uso de um serrote e
ferramentas (segundo relatos) criadas por ele mesmo. Não há registros de que
ele tenha executado qualquer obra anterior ou posterior à essa. O trabalho de
construção foi solitário e acontecia durante a noite. Apesar de não ter
qualquer formação em carpintaria e arquitetura, os ângulos correspondentes
internos da casa são idênticos.
Adepto da teosofia e entusiasta do Esperanto, a língua
universal, Augusto procurou aplicar essa filosofia na concepção da casa. A
estrela de cinco pontas e o pentágono aparecem por toda casa, por representarem,
segundo o esperanto, os cinco continentes. No térreo os cômodos se comunicam
por portais vazados por estrelas de cinco pontas e no primeiro andar, os
quartos são integrados por uma área de circulação em cujo centro há um guarda
corpo na forma de um pentágono. O forro do andar superior forma uma estrela de
cinco pontas e os tacos do piso do térreo formam um pentágono. Outro ponto de
destaque encontramos no porão da casa, onde a coluna central da casa apoia-se
um receptáculo no formato de uma taça pentagonal. Com exceção das portas e janelas,
não há ângulos retos em toda casa. Tudo foi pensado para que a convivência de
todos que morariam na casa fosse intensa.
Assistindo ao vídeo da Gazeta, descobri que a Casa da
Estrela foi construída no Alto da Glória na década de 1930 e que por causa dela,
a rua passou a se chamar Dr. Zamenhof. A casa foi habitada até os anos de 1990.
Foram os herdeiros do Sr. Augusto (Idalina, Carlos
Augusto e Moysés) que empenharam-se para que a obra de seu pai fosse preservada
e a PUC tornou esse sonho possível, para alegria de todos nós.
que tesouro!
ResponderExcluirUm espetáculo visual é oferecido com o interior da casa, Takeuchi! O conceito arquitetônico está preservado, finalmente! A história toda merece agora um livro; os arquitetos da PUC têm todos os elementos à composição de uma obra que poderá ser referência entre os estudantes/interessados na área.
ResponderExcluirA próxima galeria de fotos, se me permite sugerir, deve ser feita assim que a visitação pública ao local for liberada pela PUC-PR. Observar a engenhosidade do Seu Augusto será complementar ao merecido trabalho de construtor.
Um tesouro de fato! E felizmente restaurado e protegido para sempre. Espero poder estar na abertura da casa para visitação e registrar o que faltou.
ResponderExcluirIncrível!
ResponderExcluirE mais bacana é saber que é uma preciosidade paranaense.
Uma casa conceito dessa mereceu as honrarias!
Espero que permaneça cuidada de verdade.
Dentro da PUC e sob os olhos do departamento de Arquitetura, penso que deve ser preservada para sempre.
ExcluirOlá Takeuchi, graças ao carnaval eu desci um terço, despovoada das vaporosas alamedas da (falta) de um tempo, parece mesmo que faz tanto e tanto, que quase significo-me condenação por demorar-me tanto a vir dizer do que o teu olhar capturou e eu ansiei tanto por ver (e dizer). A minha imaginação agora vagabundeia pelo teu espaço, tranquila, sem pressa, desliza sobre essa e outras, e outras, e outras, que sei, virão. Passeia por esse lugar em que vagueiam safiras encrustadas pelas paredes (dos teu olhos), e exalam perfumes pelas ruínas de um tempo, e que se re-constroem num ritmo muito intimo e especial, e que guardam o tempo em vasos dourados e na medida da alma. Gosto de deslizar nisso que arquiva a eternidade do tempo, desliza a medula dos sonhos ETERNAMENTE inteiro. Sim, porque o tempo é um verso quase ordinário, um ardil derrocado e ditoso e é sempre preciso um lápis de destreza para suavizar o que o tempo, de- flora, de- verde, de- vida. Gosto do teu olhar que engendra a cena e coloca na moldura o jardim alegre de outrora, com a mesma graça rara e frescor daqueles tempos. Porque como amparar e permanecer a cena contra esse tempo sanguinário? e com qual ardor os homens reconstruíram essa cena a guardaram a cena junto ao seu próprio retrato. Linda! Linda! Linda! Magnifica! Linda, como talvez (eu imaginei) muito mais. Muito obrigada por emprestar teus olhos, e por nos partilhar imagens e viagens tão saborosas (como esta). Um grande abraço pra você. Bom descanso. Bom carnaval. Até...
ResponderExcluirPerfeita...ficaria um tempão só no centro desta casa.
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