Paróquia São Francisco de Paula
Hoje a Igreja São Francisco de Paula está localizada nas
esquinas das ruas Saldanha Marinho e Desembargador Motta, mas a realidade é que
sua construção teve início ainda em 1799, há 2,5 km do atual endereço. Naquele
tempo, foi criada a Confraria de São Francisco de Paula e erguida uma capela
(concluída em 1809) no ponto mais alto da Vila de Curitiba, hoje conhecido como
o Alto de São Francisco.
Pouco depois, o local recebeu a bênção episcopal em
1811, junto com a imagem do Santo Padroeiro, esculpida em madeira de lei por um
artista desconhecido. Reza a lenda que, em tempos de seca, os fiéis levavam a
imagem ao cortejo e, em seguida, o céu escurecia, gerando ventos e chuva.
Foi a partir de então que se começou um árduo trabalho para
dar origem a um grande templo. Ainda no Alto de São Francisco, a Igreja começou
a ser construída. Porém, com a morte um de seus mais fiéis precursores, o
coronel Manoel Gonçalvez Guimarães, em 1815, a obra foi interrompida e deixada
em alicerces em pedra. Somente em 1899, com a chegada dos primeiros franciscanos
à cidade, elas foram retomadas. Contudo, em 1901 ele se mudaram para a Praça
Rui Barbosa e a obra foi novamente abandonada, deixando as hoje históricas e
turísticas ruínas de São Francisco.
Mas esse não foi o fim dos planos para São Francisco de
Paula em Curitiba. Em 1914, em uma permuta com a Prefeitura, a Diocese obteve
nosso atual terreno e reiniciou a construção. Ainda com um templo temporário de
madeira, em dezembro de 1936, nossa Igreja foi elevada à Paróquia.
Com dificuldades financeiras para tocar as obras, em março
de 1949, o então pároco, monsenhor Boleslau Falarz, deu os primeiros passos
para a construção da matriz com a venda de carnês e arrecadações feitas por
meio de festas e quermesses. Ainda enfrentando problemas por falta de verbas, o
monsenhor chegou a escrever a um pupilo: “reze para que São Francisco nos
alcance este milagre”.
Pedido feito, pedido atendido. Em 1961, finalmente a Nova
Igreja recebeu a benção episcopal. Mas esse não foi o fim das obras. Apesar de
estar bela e estruturada, pouco a pouco, nossa Paróquia ainda está sendo
construída. Falta, por exemplo, a instalação de um relógio, entre outros
vetores. Mas isso pode ser até mesmo desejo do Santo Padroeiro. Segundo o
pároco atual, padre Ricardo Hoerpers, “talvez o que São Francisco esteja nos
mostrando é que seu templo tem tudo a ver com o ser humano, cuja construção é
permanente”. Uma prova de que nossa Paróquia, assim como nossas vidas, tem o
objetivo eterno por mudanças, reformas e busca incessante pela consagração.
Esta é a minha igreja favorita. Gosto muito de estar lá para elevar minhas preces a Deus.
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