Walton Wysocki, o artista que pinta com fumaça
Ontem o amigo Raro de Oliveira me convidou
para acompanha-lo à uma visita ao grande multi artista Walton Wysocki. Multi
porque ele desenha com fogo/fumaça/fuligem da queima de tabletes de cânfora,
pinta com óleo queimado e qualquer coisa ao seu alcance cavalos desprovidos de
olhos e orelhas, bicicletas, pessoas e cenas de Curitiba sobre qualquer tipo de
superfície; faz esculturas de inspiração indígena com espetos, pás de sorvete, linhas
de costura, palha, corda, restos de qualquer coisa que a maioria das pessoas
jogaria no lixo; desenhou à mão cartazes para cinema e teatro; foi comentarista
de cinema e até trabalhou na Companhia Telefônica Nacional, que um dia se
tornaria a Telepar.
Walton nos contou que trabalhou na empresa
telefônica até o dia que durante uma greve logo no início da ditadura ele foi
demitido. A partir daí mergulhou de corpo e alma na sua arte, dela viveu e vive
até hoje, vendendo principalmente para fora do Brasil.
Com muita paciência nos mostrou toda sua
fantástica produção, distribuídas na sua linda casa modernista (projeto do
arquiteto Rodolfo Doubek) cujo pé direito de 7 metros expõe suas grandes e belíssimas
esculturas com a dignidade que merecem.
Será uma honra voltar à sua casa na
companhia do Urban Sketchers Curitiba e poder testemunhar essa homenagem à um
grande artista de curitibano.
Comentários
Postar um comentário
O que achou desse post? Seu comentário é muito bem-vindo.