Curitiba dos anos 80


Anos 80! Foram os anos da minha adolescencia, os anos da minha faculdade, das festas, namoradas, filhos...

Curitiba já tinha uma vida noturna mais agitada. Os bares mais frequentados ficavam no Largo da Ordem, mas já se encontrava opções por vários pontos da cidade (sem lógico, a profusão e variedade de público e ambientes que temos hoje). Foram os anos da explosão do rock nacional e era o que se mais ouvia nos bares e nas ruas.

Foram os anos também, em que a preocupação em restaurar e preservar o patrimônio histórico pela prefeitura de Curitiba pareceu intensificar-se.

Segue novamente, outro treco extraído do livro "Almanaque KUR’YT’YBA", de Eduardo Emílio Fenianos (editora Univer Cidade, 2006). A foto mostra um techo do bairro Bigorrilho (ou Champagnat como desejariam os moradores). citado no texto abaixo.

"A capital, que no início do período já possui mais de 900 mil habitantes, ganha seu primeiro shopping Center, troca os cinemas por videocassetes e entra na era da informática.

O Bigorrilho é o bairro que mais cresce, sofrendo uma explosão econômica e imobiliária. Ônibus articulados substituem os expressos pioneiros e transportam até 200 passageiros. O setor Histórico, bloqueado aos veículos, é o novo point dos curitibanos, com seus bares e restaurantes. Novos pólos comerciais surgem a leste, no Hugo Lange ou Jardim Social, bairros que antes abrigavam exclusivamente moradias de luxo.

Em 12 de janeiro de 1984, Curitiba é a primeira cidade brasileira a reunir 50 mil pessoas – na Praça Osório, Boca Maldita e caçadão da Rua 15 de Novembro – num comício pelas “Diretas-Já”. O movimento ganha força, e repete em todo o país nas semanas seguintes.

Ao longo da década, Curitiba renova sua infra-estrutura, construindo novos espaços e revitalizando outros. São dessa época o Museu de Arte Sacra, a Casa da Memória, os cinemas Groff, Ritz e Luz (administrados pela Fundação Cultural de Curitiba), a Casa Culpi, de Santa Felicidade, e o Terminal e Centro Cultural do Portão. Surgem ainda, o Parque General Iberê de Mattos, no Bacacheri, e o das Pedreiras, no Pilarzinho, que abriga o Espaço Cultural Paulo Leminski e a Ópera de Arame.

Desde 1989 separa-se o lixo orgânico do reciclável. À noite, um bom programa é visitar as feiras noturnas que se espalham pelos bairros da cidade, onde são servidas refeições dos mais diversos países do mundo. É do alto da Torre da Telepar, nas Mercês, inaugurada em 1991, que curitibanos e turistas descortinam maravilhados os mais distantes rincões da cidade com direito a uma vista de 360 graus."

Comentários

Postagens mais visitadas