Circulando pela Lapa - Panteon dos Heroes











O Cerco da Lapa foi um memorável episódio do Exército Brasileiro que ocorreu durante a Revolução Federalista em 1894, quando a cidade de Lapa tornou-se arena de um sangrento confronto entre as tropas republicanas, os chamados pica-paus (legalista) e os maragatos (federalista), contrários ao sistema presidencialista de governo. Resistiram bravamente ao cerco por 26 dias, mas sucumbiram pela falta de munição e comida.
A lendária batalha, deu ao Marechal Floriano Peixoto, chefe da República, tempo suficiente para reunir forças e deter as tropas federalistas. Ao todo foram 639 homens entre forças regulares e civis voluntários, lutando contra as forças revolucionárias formadas por três mil combatentes. Os restos mortais do General Carneiro, assim como de muitos outros que tombaram durante a resistência, estão sepultados no Panteão dos Heróis.
O Panteão dos Heróis (por tradição, é mantida em sua fachada a grafia original, Panteon dos Heroes) inaugurado em 07/02/1944.

Combatentes que jazem no panteão:
General Antônio Ernesto Gomes Carneiro;
Coronel Candido Dulcídio Pereira;
Coronel Joaquim Resende Correia de Lacerda;
Coronel Dr. José Aminthas da Costa Barros;
Tenente Clementino Paraná;
Tenente Henrique José Dos Santos;
Tenente José Charlou;
Tenente Otho Rochendolph;
Alferes Francisco Fidêncio Guimarães;
1° Sargento David Rodrigues Cordeiro;

Antônio Ernesto Gomes Carneiro (Serro, Minas Gerais, 28/11/1846) foi um militar brasileiro, que teve ativa participação na Guerra do Paraguai e na Revolução Federalista.
Em 1864, ao eclodir a Guerra do Paraguai, fazia o Curso de Humanidades no mosteiro dos Beneditinos, no Rio de Janeiro, levando-o a alistar-se como soldado no Primeiro Corpo de Voluntários da Pátria. Na guerra conquistou a graduação de Primeiro Sargento e Alferes, por bravura; tendo sido ferido três vezes em combate.
Convocado para a região sul durante a Revolução Federalista, foi nomeado comandante do 5º Distrito Militar, mas depois por ordens de Floriano Peixoto passou o comando para o Marechal Pego Junior. Carneiro conhecia Pego por sua idéias monarquistas e temeu esse unir-se aos revoltosos, mas isso não se deu, por outro lado, Pego Junior e Vicente Machado então governador do Paraná, fugiram do estado covardemente com suas tropas(essas que eram de mais de 1000 homens que ficaram desorientadas e então, desertaram e/ou perderam-se na fuga). O Paraná e a capital Curitiba estavam sem exército e governantes, só Lapa estava guarnecida.
Durante o Cerco da Lapa, o então Coronel Gomes Carneiro foi ferido, morrendo dois dias depois, em 9 de fevereiro de 1894, ainda dando ordens. Um dia antes, sem o saber, fora promovido a General de Brigada, "por bravura".

Fonte: Wikipédia

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