Bustos desconhecidos
No Memorial de Curitiba fotografei esses dois bustos. No que parece maior em primeiro plano não havia qualquer identificação. O menor foi feito por Zaco Paraná e intitula-se "Filósofo".
João Zaco Paraná (Brzeżany, 3 de julho de 1884 – Rio de Janeiro, 10 de julho de 1961), nascido Jan Żak, foi um escultor, desenhista, pintor e professor polonês, naturalizado brasileiro em 1923.
João Zaco Paraná (Brzeżany, 3 de julho de 1884 – Rio de Janeiro, 10 de julho de 1961), nascido Jan Żak, foi um escultor, desenhista, pintor e professor polonês, naturalizado brasileiro em 1923.
Veio com a família para o Brasil, em 1887. Até 1895, os Żak,
família de lavradores, permanecem em Restinga Seca, no Paraná. Os engenheiros
ferroviários François Gheur e Affonso Solheid, impressionados com os trabalhos
de Zaco em madeira, propiciam sua ida para Curitiba, onde, entre 1895 e 1901, o
menino será hóspede na residência de Gheur.
Aos 14 anos, recebe uma bolsa de estudos concedida por
Santos Andrade, então presidente do Estado do Paraná. Freqüenta a Escola de
Belas Artes e Indústrias do Paraná, de 1898 a 1901. Paralelamente, estuda no
Seminário Menor Arquidiocesano São José. Nessa época passa a assinar João Zaco
Paraná.
Entre 1901 e 1902, com apoio financeiro de amigos e
protetores, matricula-se no curso livre da Escola Nacional de Belas Artes, no
Rio de Janeiro.
Em 1903, também com auxílio do Governo do Paraná, embarca
para a Europa, para estudar na Academia Real de Belas Artes de Bruxelas
(Académie royale des beaux-arts de Bruxelles), sob orientação do escultor
Charles Van der Stappen.
Entre 1912 e 1922, vive em Paris. Na Escola de Belas Artes
de Paris, especializa-se em escultura e pintura, sob a orientação de Jules
Coutan. Entre 1914 e 1918 divide um apartamento com o escultor João Turin.
Em 1922, regressa ao Rio de Janeiro. Monta seu ateliê em
casa. A partir de 1940, é nomeado professor da Escola Nacional de Belas Artes,
no Rio de Janeiro, permanecendo nessa função até se aposentar, em 1953.
É autor das escultura O Semeador, da Praça Eufrásio Correia,
e Amor Materno, no Jardim Botânico.
Muito interessante conhecer a historia dessas peças, que muitas vezes passam desapercebidas no dia a dia, saber e perceber que são muito mais do que blocos de bronze ou pedra.
ResponderExcluirMas fiquei curioso sobre o outro busto também, definitivamente não parece ter sido feita pelo mesmo artista.
Vou tomar a liberdade de compartilhar duas fotos que tenho destas mesmas esculturas (uma tirada de um angulo bem parecido com essa do post, apesar de bastante inferior em qualidade rsrs).
http://www.flickr.com/photos/lserafim/4076095145/in/photostream/lightbox/
http://www.flickr.com/photos/lserafim/4076094085/in/photostream/lightbox/
Muito legal as fotos. Acho bem interessante ver o ponto de vista de outras pessoas sobre um mesmo tema.
ExcluirAmei as fotos! Parabéns.
ExcluirTambém fiquei curioso para saber quem é o filósofo-modelo do busto de Zaco. O mais próximo que cheguei foi Voltaire.
ExcluirO busto maior para ser o Dante Alighieri.
ResponderExcluirDante Alighieri? Bacana! Será também de Zaco Paraná ou de outra pessoa. Obrigado.
ExcluirO da primeira foto com certeza é Dante Alighieri. O da segunda não conheci reconhecer. Um filósofo iluminista francês, talvez?
ResponderExcluirTambém ando aqui em Salvador em busca de identificar um busto que encontra-se dentro de uma escola publica estadual.
ResponderExcluirNinguém sabe quem é e não consta nenhum documento q a mencione.
Estou em busca.
Boa sorte!
Nivaldo Macalé
e-mail.: nc-servicos@hotmail.com
Verificou em todas as partes pra ver se encontra a assinatura do artista?
ResponderExcluirDependendo da época, alguns artistas não assinavam suas obras.
Pode-se ver com a direção do Memorial ou consultar um historiador.
Sucesso