Fantasmas





Até o dia 14/02 o MON continua a apresentar a exposição  Ghosts do escultor sueco Lars Nilsson (curadoria de Teixeira Coelho), como parte da Bienal de Curitiba.

As obras de Lars Nilsson oferecem uma representação de como seriam esculturas de figuras humanas se delas fosse retirada a luz. Cada uma delas é como um corpo negro ou um buraco negro, um ponto no espaço de onde toda luz é retirada, um ponto impermeável (quase) a toda luz, o “un-Weiss”, o não-branco de Malevich, a ausência de toda cor e luz.

Estas figuras parecem em estado de transformação como se saindo das trevas em direção à luz, emergindo da forma para a não-forma ou vice-versa. O resultado é um estado de incerteza entre realidade e imaginação, sonho e pesadelo, luz e a ausência da luz, com todas as consequências imaginárias ou bem reais dessa operação de escurecimento. Lars Nilsson observou que seu trabalho atual parece inserido numa dobra do tempo que o faz partilhar estilos distintos e opostos, como o realismo e o surrealismo, levando-o a sentir-se algo fora do tempo, anacrônico. Do ponto de vista desta exposição, Fantasmas coloca-se numa dobra da luz, num movimento de saída da luz ou rumo à luz.
Fonte: http://bienaldecuritiba.com.br/artistas/lars-nilsson/

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