Curitiba a partir do mirante - Sudoeste


Na direção Sudoeste do mirante, encontraremos os bairros do Campina do Siqueira, Campo Comprido, Mossunguê e Seminário.

A denominação do bairro Campina do Siqueira é resultado da combinação de dois fatos históricos distintos, que o tempo se encarregou de relacionar. Campina, por um lado, retrata o aspecto geográfico da região de onde se estendia uma bonita planície coberta pela vegetação rasteira. A segunda parte do nome vem de Antônio Sebastião Siqueira, um imigrante português que aqui chegou no início do século XIX. Esse colono, proprietário de grande extensão de terras, dividiu-as em pequenos sítios vendidos a várias famílias, dando origem assim ao atual bairro.

As origens do Campo Comprido remontam ao tempo das sesmarias. As terras do atual bairro estariam compreendidas na antiga sesmaria de Baltazar Carrasco dos Reis, de 29 de junho de 1661. O escritor José de Andrade Muricy no livro “O símbolo à sombra das araucárias” refere a permanência dos herdeiros do antigo povoador até o início do século XX. A ocupação da região está condicionada à criação das colônias vizinhas de Órleans, Santo Inácio, Dom Augusto, Rivière e Dom Pedro, em 1876.

O Mossunguê, assim como seus bairros vizinhos - Campina do Siqueira, Orleans, Campo Comprido, Santo Inácio e Bigorrilho -, surgiu ao longo do antigo Caminho do Mato Grosso (atual BR-277) que, no século passado, era o único acesso ao Norte do Estado. A exploração mineral intensa ao longo dessa estrada contribuiu para o estabelecimento de inúmeros armazéns, que serviam de entrepostos dos viajantes, tropeiros e aos primeiros moradores da região. Com as primeiras famílias, que vieram da Itália, da região de Piemonte, veio também a devoção a São Grato, padroeiro da agricultura e da lavoura.

A denominação do bairro Seminário tem sua origem no fato de ali estar localizado o antigo Colégio Internato Seminário, cuja pedra fundamental foi lançada em 1877 com a presença do Bispo Dom José de Camargo Barros, atualmente denomina-se Colégio Paranaense. A ocupação da região está intimamente ligada ao Caminho do Mato Grosso, o qual era o acesso aos Campos Gerais e ao Norte do Estado. Em função disso, ao longo da estrada, instalaram-se muitos armazéns que serviam de entrepostos para os viajantes e colonos, nos quais encontravam desde alimentos, ferramentas para a lavoura até equipamentos para as carroças.

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