A paisagem da minha adolescência.


Vindo do norte do Paraná numa época em que pizza, hambúrguer e cachorro-quente foram as grandes descobertas do ano e usar o elevador era equivalente a um passeio, a foto de hoje mostra a paisagem com a qual convivi de 1978 até 1989, na passagem da adolescência para a vida adulta.
Dessa janela assistia aos jogos de futebol num antigo campo de areia que havia na praça (onde um impressionante garoto com uma perna só jogava com muleta), via a piazada brincar a valer no robô-escorregador, vi o Edifício Moreira Garcez pegar fogo, o coreto da Osório voltar e ir embora novamente, a inauguração da iluminação da praça (espantando grande parte dos seres noturnos e sinistros que se escondiam nas sombras), calouros de vários anos limparem a lama no chafariz, shows, protestos e tudo mais que essa praça, onde a Rua das Flores desemboca, oferecia e ainda hoje oferece à todos que por ali passam ou residem. Dessa janela aprendi a amar Curitiba e sempre que dela olho para a Praça Osório, ainda o faço com muito prazer e já com uma ponta de nostalgia.

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