O bebedouro do Largo da Ordem

Há uma música da Lívia Lakomy que gosto muito intitulada "As Polaquinhas", cuja letra diz o seguinte:

As polaquinha vão levando as “caroça” com os leite e as verdura prá vender lá na cidade
E quando vão chegando perto elas se ajeita, elas coloca os sapato e “aruma” os lenço nos cabelo
E é tanta gente diferente rindo junto e cada qual fala de um jeito e vão tentando se entender
O leite foi-se todo em troca veio o vinho e o café pros dia frio que ainda vão amanhecer
E os cavalo bebe água e a igreja bate o sino, o sol se esconde, já é hora de voltar
O frio esfria e elas vão cantando os hino, conversando e vão "sorindo" no caminho da colônia
E a paisagem é só pinheiro e o chão é só buraco e elas sabem que isso nunca vai mudar
Mas dá um calor de ver a casa no horizonte esperando toda vida as polaquinha voltar

A música é lindamente carregada de referências à história da imigração em Curitiba, inclusive no jeito de falar que até hoje percebemos nos descendentes desses colonos. O local onde o rapaz está sentado era onde os cavalos bebiam água, o sino que batia era o da Igreja da Ordem e o Largo da Ordem era onde os imigrantes vindos da colônias vendiam os seus produtos e também os trocavam pelos dos outros colonos. 
A história da nossa cidade está ainda impregnada nas nossas praças, nas nossas calçadas, nos nossos bosques, nos nossos monumentos, na nossa arquitetura e para que a Curitiba que conhecemos não perca a sua identidade, o tema da preservação do nosso patrimônio material e imaterial deve ser uma preocupação de todos que administram Curitiba e mais importante, de todos que moram aqui.

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