Horizontes Perdidos - parte 1
Com o olhar fixo na interminável estrada de um distante
país, pensava nas circunstâncias que o fizeram chegar àquele momento. Não
poderia dizer absolutamente que sua vida em Curitiba fosse ruim. Anos de
estudo, bons empregos e dinheiro suficiente para comprar todas as coisas que
desejasse. Porque então não se sentia, a
essa altura da vida, completo? Porque a sensação de irrelevância da sua
existência tomava conta de seus pensamentos com frequência cada vez maior?
Porque a sucessão dos seus dias lhe parecia um deboche sem sentido?
Todos os dias, depois do trabalho,
caminhava sem direção no centro da cidade, onde morava num pequeno e bem
decorado estúdio. Invariavelmente seus devaneios mentais o faziam caminhar no
piloto automático para o ponto onde a Saldanha Marinho encontra a Catedral. Ali
acordava do seu transe, passava na Mercearia Viana, onde quase sempre comprava
uma broa preta e outra coisa qualquer para acompanhar, e seguia para seu
apartamento.
Decidiu que uma longa e solitária viagem poderia ajuda-lo a
encontrar a si mesmo e algo que pudesse dar algum sentido à sua vida. Ao
desembarcar em seu destino, a língua estranha que escutava lhe proporcionou um
certo alívio por não entender nada do que falavam!
Alugou um carro e em poucas horas as rodovias movimentadas ficaram para trás, passando a circular por estradas secundárias. A paisagem foi se tornando cada vez mais cinza, árida e triste. Teve a sensação de estar atravessando um quadro inspirado na sua vida. Desconfortável!
Depois de sucessiva repetição de cenários, viu terminando na estrada por onde passava uma outra via menor, ladeada de altas e lindas árvores, que conduziam à algo que parecia ser um portal. Não resistiu ao que pensava ser um chamado e tomou essa via.
Logo chegou ao que de fato era um portal de madeira, que parecia ser muito mais antigo do que tudo que vira até ali. Em direção a ambas as laterais, mais distante do que a visão alcançava, uma vegetação cobria o que poderia ser uma cerca ou muro muito, muito alto.
Alugou um carro e em poucas horas as rodovias movimentadas ficaram para trás, passando a circular por estradas secundárias. A paisagem foi se tornando cada vez mais cinza, árida e triste. Teve a sensação de estar atravessando um quadro inspirado na sua vida. Desconfortável!
Depois de sucessiva repetição de cenários, viu terminando na estrada por onde passava uma outra via menor, ladeada de altas e lindas árvores, que conduziam à algo que parecia ser um portal. Não resistiu ao que pensava ser um chamado e tomou essa via.
Logo chegou ao que de fato era um portal de madeira, que parecia ser muito mais antigo do que tudo que vira até ali. Em direção a ambas as laterais, mais distante do que a visão alcançava, uma vegetação cobria o que poderia ser uma cerca ou muro muito, muito alto.
Continua amanhã...
Comentários
Postar um comentário
O que achou desse post? Seu comentário é muito bem-vindo.