Vilanova Artigas e a Casa João Bettega









Ser arquiteto é um privilégio que a sociedade nos dá e que eu desempenho como se fosse um segredo, no cantinho do meu escritório, fechado com meus pensamentos e meu desenho. Vilanova Artigas - 29 de junho de 1984.
Nesse ano celebra-se o centenário do nascimento de Vianova Artigas com uma série de eventos principalmente em São Paulo, onde grande parte da sua carreira se desenvolveu. Apesar de curitibano, há na cidade poucos exemplares da sua obra, mais especificamente três são as obras. O Hospital São Lucas na Av. Paraná, a Casa Edgard Niclewicz no Seminário e a Casa João Bettega (aqui retratada) na rua da Paz.
A Casa João Bettega implantada num lote estreito e profundo em aclive. Os dois blocos são interligados por rampas, sob uma mesma cobertura. A casa elimina o conceito de fachadas frontal e de fundos por ter sido construída paralelamente a toda a extensão do terreno, porém deslocada do centro do terreno, atingindo o limite frontal do lote.
Os blocos são dispostos de modo a gerar meios pisos ligados por rampas paralelas à extensão lateral da casa.  O acesso às dependências de empregados se dá de forma independente no primeiro piso por uma escada em caracol nos fundos da casa. Fonte: Livro Vilanova Artigas de Rosa Artigas. Editora Terceiro Nome.
Agradeço à Giceli Portela pelo acesso e autorização para fazer as fotos que ilustram o post de hoje.
Para saber mais sobre Vilanova Artigas continue lendo.

João Batista Vilanova Artigas (Curitiba, 23 de junho de 1915 — São Paulo, 12 de janeiro de 1985) foi um arquiteto brasileiro cuja obra é associada ao movimento arquitetônico conhecido como Escola Paulista.
Embora tenha nascido na cidade de Curitiba, Artigas é considerado um dos principais nomes da história da arquitetura de São Paulo, seja pelo conjunto de sua obra aí realizada, seja pela importância que teve na formação de toda uma geração de arquitetos.
Graduando-se engenheiro-arquiteto pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Artigas se envolveu ainda estudante com um grupo de artistas de vanguarda (dentre os quais destacar-se-ia mais tarde o pintor Alfredo Volpi) conhecido como Grupo Santa Helena, devido ao seu constante interesse pela atividade do desenho — tema cujo estudo viria a se tornar um dos elementos mais presentes em sua obra.
Tendo se tornado professor da Escola Politécnica, Artigas fez parte do grupo de professores que deu origem à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU). Tornou-se um dos professores mais envolvidos com os rumos desta nova escola: é de sua autoria o projeto de reforma curricular implantado na década de 1960 que redefiniria o perfil de profissional formado por aquela escola e foi responsável, junto ao arquiteto Carlos Cascaldi, pelo projeto da nova sede da Faculdade: um edifício localizado na Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira que leva seu nome e sintetiza seu pensamento arquitetônico.

Em 1969, por determinação do regime militar vigente no país, foi afastado da FAU e obrigado a se exilar brevemente no Uruguai, devido à sua ligação com o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Embora tenha vivido no Brasil na década de 1970, foi impedido de atuar plenamente pelo regime. Seu retorno à faculdade se deu em 1979 - fruto do processo de anistia instaurado no país a partir daquele ano - e foi celebrado pelos alunos. Continuaria a lecionar na FAUUSP até sua morte, em 1985, ano em que lhe é atribuído o cargo de professor titular. Fonte: Wikipédia.

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