A eterna solidão do vampiro


Fiz essa foto de dentro do carro, disparando a câmera sem olhar pelo viewfinder, dessa casa icônica de Curitiba, não pela arquitetura, mas pela mitologia (será que já podemos falar assim?) envolvendo a pessoa ou o personagem que a habita.

Nesses tempos de pandemia acredito que um vampiro (falando do personagem) não teria preocupações quanto ao isolamento social, já que trata-se de um recluso por natureza. E no quesito reclusão, já falando do famoso escritor, o morador é um notório recluso que raramente é ou foi visto do lado de fora dos muros dessa casa.

"Tarde de verão, é levado ao jardim na cadeira de braços – sobre a palhinha dura a capa de plástico e, apesar do calor, manta xadrez no joelho. Cabeça caída no peito, um fio de baba no queixo. Sozinho, regala-se com o trino da corruíra, um cacho dourado de giesta e, ao arrepio da brisa, as folhinhas do chorão faiscando – verde, verde! " (TREVISAN, Dalton. 92. Ah é? Rio de Janeiro: Record, 1994)

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