Edifício Rosa Ângela Perrone
O edifício foi implantado na esquina de duas ruas históricas, a São Francisco e a Riachuelo. Fica ao lado de pontos tradicionais como o Restaurante São Francisco, fundado em 1955 e que permanece no local servindo a famosa rabada à moda da casa até os dias de hoje, e o Nonna Giovanna, restaurante de massas e carnes conhecido pelo saboroso filé à parmegiana, presente na rua desde 1986.
A Rua São Francisco, curiosamente, já foi conhecida como Rua do Fogo. Algumas teorias afirmam que esse nome foi dado por conta de senhoras que comandavam a cafetinagem ocupando vários casarões pelas redondezas. Já uma outra teoria diz que o nome foi dado devido a um grande forno existente em uma ferraria que funcionava por ali.
O edifício está próximo a espaços públicos bem conhecidos da cidade, como o Largo da Ordem, que recebe a tradicional "feirinha" aos domingos, e a Praça Generoso Marques, endereço que abriga o espaço cultural SESC Paço da Liberdade.
Segundo relatos de moradores, nos tempos antigos era possível usufruir de uma bela vista para a Serra do Mar, mas que acabou impedida pela verticalização da cidade. O uso residencial, no entanto, liberou o seu pavimento térreo para o uso de lojas comerciais, atualmente ocupadas por um salão de cabeleireiros e por um brechó, comércio comum pela redondeza, assim como lojas de móveis antigos.
Na concepção estética do edifício, o arquiteto Romeu Paulo da Costa fez uso de uma linha simplificada remetendo ao estilo art déco, aproveitando-se do lote do terreno para a conformação da volumetria. Na fachada, balcões percorrem as duas laterais do edifício, evidenciando o ritmo dos pavimentos intercalados com esquadrias pontuais construídas em madeira. Apesar da altura imponente, o prédio possui um acesso tímido com uma portada revestida em pedras de granito.
Texto do arquiteto Guilherme de Macedo para o livro Prédios de Curitiba, disponível no site do Lona Arquitetos.
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