A Casa Gomm acuada

O tempo passa e muitas vezes ele é implacável! Houve um tempo em que a Casa Gomm era o centro das atenções nesse imenso terreno onde hoje ela foi empurrada para o canto como um incômodo, um mal necessário onde os meios justificaram os fins.
Naquele tempo, pessoas se deslocavam até o Batel apenas para dar uma espiada naquela que é ainda a maior casa em madeira que Curitiba já viu, onde elegantes senhoras se reuniam para falar da alta sociedade curitibana, onde musas do Clube das Violetas vestidas com seus trajes de inspiração grega, dançavam em seu imenso jardim.
Hoje a Casa Gomm lembra mais aquela famosa e idosa grande artista que foi esquecida no canto de algum asilo, sem glória, sem holofotes e sem aplausos. A Casa Gomm, ou o que restou dela se considerarmos o todo que ela era e representava, está soterrada pelo imenso templo do luxo curitibano, acuada pelo Bosque que um dia à ela fazia reverências! E não devemos esquecer que ambos (o bosque e a casa) permanecem apenas porque não há como burlar completamente uma lei de tombamento!
Novos tempos, novos tempos!

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