A Arquitetura Modernista de Curitiba - Elgson Ribeiro Gomes

Nasceu em Florianópolis em 16 de novembro de 1922. A família, de poucos recursos, mudou-se para Curitiba, no esforço de sua mãe para ver o filho formado em uma profissão. Durante o primeiro ano do curso de Engenharia Civil da UFPR, em 1940, Elgson trabalho como apontador de obras na Construtora Surugi & Colli. O curso de engenharia Civil procurava suprir o conhecimento de arquitetura através de uma única disciplina, Construção de Edifícios: Arquitetura. Em 1946, tendo já concluído o curso de engenharia Civil, e ainda não satisfeito com sua formação, foi para São Paulo dedicar-se à Arquitetura, matriculando-se na Faculdade de Arquitetura da Universidade Mackensie. Elgson conheceu Adolf Franz Heep na Associação Paulista de Belas Artes, onde procurava aprimorar-se no desenho, antes de voltar ao curso de arquitetura, influenciando em definitivo a sua carreira. A colaboração entre os dois durou quase dez anos, de 1950 a 1959 (um ano depois da conclusão de seu curso de Arquitetura).


Edifício Souza Naves (1953).
R. Cândido Lopes e Ermelino de Leão.Resultado de parceria entre Elgson Ribeiro Gomes e Adolf Heep, o projeto do Edifício Souza Naves, destinado ao Instituto de Pensões e Aposentadoria dos Servidores do Estado (IPASE), foi desenvolvido em tempo recorde. A troca das esquadrias de ferro por outras de alumínio em 1981, provocou repúdio por parte dos arquitetos de Curitiba e as intervenções em 1995, descaracterizaram o volume da entrada.


Edifício Itália (1962).
Rua Fernando Moreira.
O Edifício Itália e Barão do Cerro Azul, com suas fachadas em curva, permitiram o melhor aproveitamento possível dos ambientes voltados para a rua, cujo traçado sugere esse desenho. Como resultado, os edifícios ganham personalidade própria na paisagem urbana. No Edifício Itália, o arquiteto utilizou a disponibilidade que a legislação permitiu e avançou 1,2 metros sobre o alinhamento.


Edifício Provedor André de Barros (1969).
Travessa Jesuíno Marcondes
O edifício Provedor André de Barros é uma das obras que se destacam na paisagem urbana de Curitiba, faz parte de um conjunto de prédios de apartamentos onde o arquiteto praticamente esgotou as propostas de dimensionamento de área interna (de 30 a 600 metros quadrados). O tratamento dado por Elgson e Heep às esquadrias e aos peitoris das varandas, permite traçar um paralelo entre seus edifícios de apartamentos e as Unidades de Habitação em Marselha (1946) e em Firminy-Vert (1960) de Le Corbusier.

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