VIK Muniz





As fotos são minhas, mas texto melhor do que encontrei no site do MON, onde a exposição de Vik Muniz aconteceu em Curitiba, não poderia produzir, portanto, segue parte do texto que pode ser encontrato na íntegra no link: http://www.museuoscarniemeyer.org.br/exposicoes/vik.html

De São Paulo a Nova Iorque
Vik Muniz foi criado em São Paulo, onde iniciou seus estudos de arte, e chegou aos Estados Unidos graças a um acidente. Depois de apartar uma briga de rua, foi atingido por um tiro na perna. O autor do disparo era quem Muniz tentava defender na briga. Para compensar, o homem ofereceu-lhe boa soma em dinheiro, que financiou a viagem para Chicago, em 1983. Dois anos depois, foi para Nova Iorque, onde vive até hoje. O sucesso, no entanto, chegou há 14 anos, quando seu trabalho foi visto em uma galeria por um crítico do New York Times. O artigo lhe abriu portas e rendeu o convite para a exposição New Photography, no MoMA e para a aquisição de obras suas pelo Guggenheim e pelo Metropolitan Museum of Art.

Hoje suas obras estão em acervos particulares e galerias de diversos continentes e em museus como o Tate Modern e o Victoria & Albert Museum, em Londres; o Getty Institute, em Los Angeles; e o MAM de São Paulo. Recentemente, o reconhecimento ao seu trabalho lhe rendeu um convite do MoMA de Nova Iorque para ser curador da prestigiada mostra Artist’s Choice (Escolha do Artista), realizada em dezembro passado na sede do museu - fato inédito para um brasileiro. Vik Muniz é ainda o único brasileiro vivo a figurar no livro 501 Great Artists of All Times, da Penguin Books, ao lado do carioca Hélio Oiticica, falecido em 1980.

Processo Criativo
Dedicado inicialmente à escultura, Muniz percebeu, no início dos anos 90, que ao documentá-las através da fotografia encontrava um resultado artístico melhor aos seus propósitos do que a escultura em si. Desde então, resolveu unir as duas linguagens, às quais somou outras, como desenho, pintura e colagem.

Antes de seu olhar como fotógrafo captar o que se tornará o produto final de sua obra, cria um verdadeiro teatro, com cenas, retratos, objetos e imagens, alguns em escala gigantesca, usando elementos tão diversos como papel picado, sucata, molhos e algodão, em processos de construção que podem levar semanas ou até meses.

Assim, surgiram algumas das obras como o soldado composto por inúmeros soldadinhos de brinquedo; a Medusa de macarrão e molho marinara; e retratos das atrizes Elizabeth Taylor e Monica Vitti compostos por centenas de pequenos diamantes.

A relação do material utilizado com o tema não é acidental: a série Sugar Children (Crianças de Açúcar), de 1996, recria, a partir do uso de açúcar, retratos de crianças que o artista conheceu no Caribe. Uma metáfora estética sobre a “doçura pueril” de crianças ainda não transformadas pelo amargor de uma vida sofrida como a de seus pais, trabalhadores em regime semi-escravo dos canaviais locais: “A radiosa infância daquelas crianças vai certamente ser transformada, pelo açúcar, em açúcar”, sentencia Muniz.

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