Mudou Curitiba ou mudei eu?



Estive na última sexta-feira (25/03) na UP - Universidades Positivo, para o lançamento do livro “Mudou Curitiba ou mudei eu?” do publicitário, consultor de marketing e principalmente, curitibano Eloi Zanetti.
Na conversa inicial, antes dos autógrafos, o Eloi deu o tom do livro: nostalgia, definida por ele como “saudade do ninho”. Mas como ter saudade do ninho se estamos nele? Daí a pergunta do livro: “Mudou Curitiba ou mudei eu?”.
Acho que cada um terá a sua própria resposta, a minha seria: ambos mudamos. Para pior? Para melhor? Essa resposta também dependerá de cada um e é resultado do balaço de todas as experiências que vivemos com a nossa Curitiba.
Pessoalmente não teria uma resposta fácil para essa pergunta. Em muitos aspectos sinto falta de uma Curitiba do tempo em que caminhar por suas ruas não era uma cena digna de um filme de suspense ou policial e dos finais de semana em que os carros pareciam ter sido teletransportados para uma outra dimensão. Até daquele frio que começava em março e aliviava somente em novembro eu sinto falta (parece mais com Curitiba do que calor em junho!!).
Por outro lado, não tínhamos tantos bons restaurantes como hoje, não tínhamos o MON, o Paço restaurado, a Riachuelo toda colorida, o Bosque Alemão, o Tanguá. Tudo bem, perdemos o cara que tocava trompete no edifício Tijucas, a Gilda perseguindo os distraídos da Boca, mas ganhamos o Oil Man, o Plá! E o tiozinho que toca tango no acordeom ainda está na XV.
Acho que a vida é assim mesmo, feita de altos e baixos, ganhos e perdas. Com Curitiba não seria diferente. O que não podemos é esquecer tudo que Curitiba teve e tudo que vivemos de bom aqui. Devemos preservar o que Curitiba tem de melhor e ficar de braços abertos para o novo, pois esse sempre vem.
Mas enquanto é tempo, vá comer o feijão bolinha do Elizeu no municipal, comprar uma fruta no Nagib (deixe ele escolher, enquanto você fica tentando entender o que o Francis Ford Coppola está fazendo numa foto com o Nagib, pendurada perto das bananas), comer um doce na Confeitaria das Famílias (com uma Wimi é claro), pastel nas muitas das nossas feiras, comprar (ou não) um livro no Chain (se tiver sorte, conversar com ele) e tantas outras coisas que Curitiba lhe oferece de graça, quase de graça ou tudo bem, cobrando um pouquinho.
O livro do Eloi Zanetti é bibliografia básica para quem gosta dessa cidade, pois terá a oportunidade de ver a cidade pelos olhos de uma pessoa inteligente (ácido as vezes), que viveu e vive Curitiba intensamente e tem muito o que contar. E o recado final na contra capa do livro é: A gente só protege aquilo que ama. Portanto, amem e protejam Curitiba! E nada de moleque, garoto, menino, em Curitiba é PIÁ!!
Vale ressaltar que o livro tem grande qualidade Gráfica, que as fotos são muito bonitas e que a arte da capa (do quadro do Retta que fotografei no evento) é simplesmente sensacional. O livro já está a venda nas Livrarias Curitiba, FNAC e nas Panificadoras Saint Germain (aproveite e peça qualquer coisa com recheio de creme, não tem igual!).

Comentários

  1. Washington,
    Sou meio suspeita pra falar de Curitiba. Moro aqui há 10 anos e vivo divulgando a cidade no blog. Esse ano, durante o mês de março, fiz alguns posts, um, inclusive, falando da linguagem falada aqui. Se interessar, veja aqui:
    http://nacozinhabrasil-gina.blogspot.com/2011/03/esses-nossos-regionalismos.html
    É bom estar aberto ao novo e ao mesmo tempo preservar o que a cidade tem de bom.
    Um abraço!

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  2. Adoro seu blog, e adorei a dica.

    Obrigada
    Barbara

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  3. Show... Falou bonito..
    Entro aqui todos os dias!
    Um abraço

    Segue meu singelo blog
    http://fotoclike.blogspot.com/

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  4. Dei uma passeada pelo fotoclike. Bem legal. As fotos da Hercílio Luz são incríveis. Acho que todo mundo que passa por lá sonha passar pela ponte.

    Oi Vanessa! Corra para as livrarias antes que acabe!!!! :o)

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