Uma cruz, uma estrada.
Lembro de quando morava no interior e viajávamos de uma pequena cidade para outra, que pequenas cruzes na beira da rodovia eram muito comuns. Elas indicavam o local onde, muito possivelmente, uma pessoa ou várias pessoas faleceram por causa de um acidente.
Há muito tempo eu não via uma dessas. Não sei se foi pelo cuidado em plantar muitas flores num pequeno trecho da antiga BR116, perto do viaduto da Vitor Ferreira do Amaral, mas me chamou a atenção essa pequena cruz. Com todo respeito, um dia parei o carro na marginal e fiz a foto. A inscrição na cruz indica que a pessoa (um homem) faleceu naquele local.
Graças a Dioneia, que volta e meia circula pelo blog e com a experiência de quem conhece Curitiba há muito tempo, recebi informações interessantes sobre essa cruz. Ao contrário do que imaginava, o ano de 1967 escrito na cruz não é o ano de morte da pessoa, mas sim o ano de seu nascimento. Se eu tivesse observado melhor a cruz, provavelmente um pouco mais abaixo teria visto a data da morte, que segundo a Dioneia foi há dois anos, aproximadamente. Diz que o falecido era funcionário da prefeitura de Colombo e em razão de uma promessa, estava a caminhar de Colombo em direção a uma igreja do Boqueirão na companhia de uma amiga. Logo após trocar de lado com a amiga por etiqueta (os homens devem ficar mais próximos da pista do que as mulheres), foi atropelado e morreu. Seus parentes colocaram uma cruz no local e iniciaram um pequeno jardim, que está aumentando, num belo gesto de amor e carinho.
Falando em cruz de beira de estrada, tive a oportunidade de ver uma outra cruz histórica, sendo essa na beira da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá. Trata-se de uma cruz metálica no KM 65 da Serra do Mar. Foi nesse local que o barão do Serro Azul e mais cinco companheiros foram fuzilados pelo Exército de Marechal Floriano Peixoto na noite de 15 de maio de 1894, sem julgamento. Se quiser saber mais um pouco e ver a foto da cruz, clique aqui e veja o post que fiz sobre a estrada de ferro (um deles) e sobre o Barão do Serro Azul (herói da pátria).
Olá td bem...oi eu aqui de novo.Essa foto da cruz na BR 116, é do seu Taico (apelido), não o conheci, mas tenho uma filha que é professora na escola da prefeitura com o nome Guarujá em Colombo e essa pessoa falecida se não me falha a memória, era da prefeitura de Colombo e ele cumpria uma promessa de muitos anos de ir a pé de Colombo até em uma igreja do Boqueirão, e nesse dia estava caminhando pra sua promessa com uma amiga e sua amiga estava no lado da rua e ele disse vamos trocar de lado porque os homens é que tem que ficar na beira do asfalto e assim o fez, não levou um segundo passou um carro em alta velocidade naquele lugar e o atropelou jogando-o longe, e a sua amiga nada sofreu, segundo minha filha era um homem muito querido. E assim seus parentes colocaram a cruz e começou um jardim pequeno, está aumentando, acho muito lindo essa atitude de homenagem e pelo menos assim ali não cria mato.AH...isso faz uns 2 anos que aconteceu, 43 anos é a idade dele...
ResponderExcluirOi Dioneia. Caramba! Seu comentário enriquece e muito o post. Muito obrigado. A história é incrível.
ResponderExcluirOlá...que bom que gostou...esqueci de comentar, essa minha filha conheceu a pessoa do acidente por ter contato com a prefeitura de Colombo, ela que me falou do caso e ficou muito triste na época do acontecido...
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