Bustos e Estátuas de Curitiba - Maria Polenta
Um pontos visitados durante a nossa caminhada pelo Água Verde foi a praça Maria Polenta, que fica no encontro da rua Carneiro Lobo e av. República Argentina, onde encontra-se o busto dessa famosa personagem do folclore curitibano.
Maria Trevisan Tortato – Maria Polenta – nasceu em 2 de março de 1880 e faleceu em 22 de abril de 1959, com 79 anos de idade. O nome Maria prevaleceu durante toda vida, mas o Trevisan Tortato foi substituído por Polenta, cujo apelido veio a impor-se de maneira tão forte que até a data da sua morte, constrangendo a cidade, foi assim conhecida, tratada e benquista.
Ela exercia a medicina prática, que está associado ao passe, à reza e a certos aspectos místicos, que acabam fornecendo elementos produtores de sabor às histórias. Maria Polenta era especialista em massagens magnéticas e diziam, principalmente os jogadores de futebol, que ela voltava qualquer osso no devido lugar.
Por ser uma espécie de curandeira, não apreciava médicos. Também benzia e receitava chás. Além de recolocar articulações como ninguém, transmitia ao elemento receptor a fé daquelas aplicações. Era tamanho o êxito de seus tratamentos que a cada dia aumentava sua clientela.
Era extrema a bondade de Maria Polenta. Vestia-se em trajes longos, a cobrir-lhe os pés. Nada cobrava pelos serviços, cabendo a cada um deixar numa caixinha o que pudesse. Seu sobrenome, Trevisan Tortato, associa-a a origem italiana. Não há registro de o porque do apelido.
Foi sepultada no cemitério da Água Verde.
Fonte: Ruas e Histórias de Curitiba - de Valério Hoerner Jr.
Dizem que o apelido polenta é emprestado de seu irmão, conhecido por Antonio "Polenta". Ele trabalhava na fabrica da Todeschini na 7 de Setembro. A fabrica ficava nas imediações do supermercado Real (hoje Mercadorama) e Maria morava na Angelo Sampaio, entre a 7 e a Iguaçu.
ResponderExcluirOi Juca. Muito boas as informações, obrigado.
ResponderExcluirQuando eu passava ao lado da praça que exibe o busto da Maria Polenta ficava a me perguntar sobre o motivo do "Polenta" e, agora, graças ao seu texto a explicação chegou, Takeuchi. Forte abraço; obrigada.
ResponderExcluirOla professora. Pena nao ter ido a caminhada. Acho que a próxima sera no Rebouças!
ResponderExcluirQue interessante, pois vejo o busto da Maria Polenta da janela do meu escritório, todos os dias, naquela minúscula "praça" e a não ser pelo fato de "adoradores da sujeira" deixarem, constantemente latas de cerveja aos pés do busto, nunca prestei muita atenção no personagem. Muito bacana a história dessa mulher, de certa forma altruísta, que faleceu 12 dias antes de eu nascer. Trouxe um personagem à vida novamente, Takeushi. Parabéns.
ResponderExcluirOi Luiz. Achei muito legal saber que agora o busto passa a contar para voce uma história. Pena os adoradores de sujeira! Um Abraco.
ResponderExcluirCom 1 ano de idade caí do alto de três degraus e meu braço ficou com um problema na altura do ombro. Não conseguia movimentá-lo só chorava. Minha madrinha Marieta levou minha mãe e eu até a casa da Maria Polenta que era sua amiga. Contavam as duas que ela o arrumou num único movimento e que eu saí de lá sorrindo e segurando na mão uma florzinha do seu jardim que ela ofereceu.
ResponderExcluirBoas lembranças. Agradeço. Um grande abraço.
Oi Sueli! Obrigado pelo relato! Enriqueceu muito o post a sua belíssima história. Consegui imaginar a menina sorrindo com a florzinha! Abraço!
ResponderExcluirEm seus últimos dias, mesmo doente e acamada, ela continuava atender, mexendo somente os braços e mãos, gemendo um pouco devido as dores, mas atendeu até seu último suspiro.
ResponderExcluirEla repassou seu "dom" para um afilhado que reside hoje na Cidade Industrial. Mas ele não sbe fazer uma polenta como ela fazia.
Muito obrigado pelo comentário Ricardo. Evidentemente tratava-se de uma pessoa especial.
ExcluirQual é o endereço dele
ExcluirAtualmente está no Memorial de Curitiba. Antes ficava num jardinete que levava seu nome no Água Verde, muito perto do Clube Curitibano
ExcluirO sobrenome "Polenta", originou-se pelo fato de ela ter sempre a mesa uma imensa polenta que ela fazia e fatiava os pedaços com um barbante. Todos que a procuravam, muitos extremamente abastados, outros menos e alguns que nada tinham, mendigos com dores e doenças, saiam satisfeitos e curados. Principalmente esses que nada tinham. muitas vezes a única refeição que eles faziam no dia era o pedaço da polenta entregue por ela.
ResponderExcluirPrecisamos de mais Marias Polentas em todas as áreas.
ExcluirA História da Maria Polenta é digna de um resgate amplo e profundo. Existem muitos equívocos e superficialismo nos conteúdos divulgados pela mídia paga. Pelas manifestações neste site, é visível que existe um grande interesse e muito respeito pela pessoa que foi Maria Polenta e suas contribuições altruístas para a sociedade de Curitiba e arredores.
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