Petit Pavé de Curitiba


Apesar de ser o revestimento de menos de 1% das calçadas de Curitiba, o petit-pavé causa grandes discussões entre os que consideram esse elemento como um patrimônio histórico de Curitiba e os que defendem a acessibilidade, considerando esse tipo de pavimento uma arma contra idosos, pessoas com alguma limitação motora e distraídos em geral. Na época da reforma da Marechal Deodoro, a polêmica chegou inclusive num embate entre o Ministério Público e a Prefeitura. Por fim, uma solução mista foi empregada (Petit Pavê e Paver).

O petit pavé surgiu em Portugal, no século 19, e veio para o Brasil no começo do século 20, quando vários artistas do velho continente vieram para as ex-colônias de Portugal. É um dos símbolos de Curitiba, tendo as calçadas, desenhos da década de 30 e 40.

Particularmente penso que não se pode olhar para o futuro ignorando o passado. Temos que preservar a nossa história e os elementos que a representam. Porém, acessibilidade é direito de todo cidadão e nesse ponto, o que encontrei no blog http://cidadedopedestre.blogspot.com/2010/04/o-petit-pave-tao-execrado-por-nos.html, possa ser o ponto de equilíbrio dessa discussão toda. O autor, comenta que esteve em Portugal (cidade de Braga) e lá mudou completamente a sua visão a respeito do petit pavé. Nessa cidade, esse revestimento é amplamente utilizado e é de tal forma bem executado, que a sensação é a de se caminhar por um piso de superfície contínua. Portanto, o problema em Curitiba não é o Petit Pavé, mas da qualificação dos calceteiros para trabalhar com esse revestimento.

A foto mostra o calçamento em petit pavé na Praça Osório, em frente à Boca do Brilho. Os desenhos são de pinhões, outro símbolo de Curitiba.

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