Era uma vez um corvo!
Pois bem, a restauração aconteceu (como podemos ver numa espécie de "antes" e "depois" nas fotos de hoje) e o resultado ficou muito bom. Não encontrei na internet referências sobre esse sobrado, a quem pertencia, a quem pertence e qual será o seu destino agora.
Lamento apenas o desaparecimento do corvo de uma de suas fachadas (mas acho que agora não combinaria mais com o resultado da restauração).
Graças ao leitor Rodrigo, descobri que a construtora Construyama foi responsável pelo restauro, com o envolvimento do sindicado dos trabalhadores de limpeza e conservação, que fica a 100m da casa.
Falando em Corvo, lembrei de uma tradução do poema "O Corvo" de Poe, feita por Reynaldo Jardim e Marilú Silveira, publicado no saudoso NICOLAU (lembram desse inacreditável tablóide editado pela Secretaria de Cultura em 1987?). Na página 12 da quarta edição do ano 1 do Nicolau, estava impressa essa tradução, com ilustrações igualmente fantásticas do Poty. Valêncio Xavier disse que essa era a melhor transcrição de um poema de Poe já cometida em língua brasileira.
Lá pelas tantas, a tradução diz:
"... E o desgraçado não se mexe. Fica ali parado, quieto, com seus olhos de demônio. Parado. Estático. Duro. Imóvel. E minha alma presa para sempre. A luz do teto espalha no chão sombras fantasmais, funerais, sinistrais. Ah, Leonor, de você não me libertarei jamais com esse Corvo a repetir o seu devastador never, never, never môr."
Um dia vou tentar fazer um post sobre o NICOLAU, cuja programação visual ficava a cargo de um grande cara chamado Guinski, a quem tive o privilégio de manter contato nessa época (e a Rita também, que deve uma macarronada até hoje).
Eu estudava no Colégio Martinus, ali na Carlos Cavalcanti, e por toda minha vida escolar passei na frente dessa casa e imaginava quando seria restaurada... realmente fiquei muito feliz ao ver ela assim!
ResponderExcluirAinda me lembro, quando estava nos primeiros anos da escola, que a casa ainda era habitada - por pessoas muito simples, até porque estava em condições muito precárias já naquela época (1996.. por aí)
Eu também tinha uma grande simpatia pelos corvos desenhados na fachada :) Mas ficou melhor assim! haha...
:)
Oi Joana,
ResponderExcluirRealmente é legal ver a nossa história preservada.
O Martinus e o Anjo da Guarda me interessam. Certamente um dia farei posts sobre ambos.
Ainda bem que o caso teve final feliz. E o corvo de certa forma foi salvo por você que o documentou.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEntão, quem fez o restauro foi a construtora Construyama, fica num predio de esquina, no meio da rua José Tomasi (entre a Antônio Escorsin e Toaldo Túlio), uma vez eu fui na obra com o proprietário da empresa. Se não me engano, quem fez o restauro foi o pessoal do sindicado dos trabalhadores de limpeza e conservação, que fica a 100m dali, na mesma rua, ao lado do clube Condórdia. Finalizando: belíssimo trabalho.
ResponderExcluirOlá Rodrigo. Cara, que legal essas suas informações. Sabe dizer à quem pertence essa casa?
ResponderExcluirEm 1992, funcionava uma pensao um tanto mal frequentada nesta casa. E a portinha da esquina era usada por um senhor, o Renato Alfaiate. Impressionante o resultado do restauro. Adoraria entrar na casa e ver como ela está hoje...
ResponderExcluirOi Fernando.
ResponderExcluirObrigado pelas informações. Por onde andará o seu Renato, Alfaiate?
Olá caro amigo...
ExcluirFico estremamente feliz em saber que vocês lembraram do Renato Alfaiate.
Ele é meu Avô e está já não está mais entre nós.
Talvez se lembrem que com ele, também trabalhava um rapaz, seu filho chamado Adélio (que por sinal é o meu pai).
Meu pai seguiu a profissão de alfaiate, e está instalado com sua alfaiataria na Rua Amintas de Barros, 286.
Se puderem, passem lá conversar com ele... ele irá ficar muito feliz em recebe-los e saber que se lembram de seu pai e que conheceram o seu antigo local de trabalho!!!
Abraços
Olá Jefferson. A alfaiataria fica perto de um café?
ExcluirA Construyama Engenharia agradece a todos o reconhecimento do nosso trabalho.
ResponderExcluirLembro do Sr.Renato alfaiate, uma vez pedi pra ele arrumar um palito que usaria pra trabalha, mas observei alguns livros, ele percebeu e me deu um, só chegando em casa eu vi que se tratava de um livro de poemas dele, fiquei feliz por isso!
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