Casa Romário Martins - Parte 1



A Casa Romário Martins surgiu da necessidade de a Fundação Cultural de Curitiba implementar um centro de informações gerais sobre a cidade, e principalmente, de iniciar um trabalho de valorização da memória local, com a criação do Arquivo Histórico Municipal.

Decidiu-se, então, que se ocuparia a casa de alvenaria mista construída possivelmente no final do século XVIII, localizada no Largo Coronel Enéas. É o segundo prédio mais antigo da cidade, ao lado do primeiro ainda preservado, a Igreja da Ordem e é também, o último exemplar da arquitetura luso-brasileira na cidade.

O imóvel de 1908 a 1926 foi ocupado por um armazém de secos e molhados, o Armazém Etzel. Em 1926, outro estabelecimento de secos e molhados, a Casa Paiva, ocupou a casa. Em 1928, ela foi transformada no Armazém Roque. O armazém manteve-se até 1970, quando a casa foi declarada de utilidade pública.

Desapropriada em 1971, foi incorporada ao patrimônio histórico do Município. Tombado pelo Estado nesse mesmo ano, o imóvel precisava ser restaurado para abrigar a Romário Martins.

Diante da impossibilidade de recuperar a divisão original dos cômodos, o projeto de restauro do arquiteto Cyro Corrêa d’Oliveira Lyra privilegiou o espaço interno como área destinada a exposições.

A Casa Romário Martins foi inaugurada em 13 de dezembro de 1973, homenageando esse ilustre historiador paranaense, nascido em Curitiba em 1874, que jamais residiu no imóvel.

Em pouco tempo, a Casa Romário Martins começou a fazer e a receber exposições e tornou-se um ponto de encontro de intelectuais, de estudantes e de outras pessoas interessadas em cultura curitibana.

Enquanto, nesse momento, a Casa Romário Martins passa por nova restauração, os tapumes da obra foram transformados em suporte para uma exposição de charges de Alceu Chichorro (1896-1977), um dos mais importantes chargistas paranaenses.

Fonte: www.casadamemoria.org.br

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