Moinho Rebouças - Parte 2






Após implementar uma extensa política de reforma dos espaços culturais da capital, chegou a vez da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) também ganhar um espaço reformulado para exercer as suas atividades. Depois de meses de espera e R$ 500 mil, o Moinho Rebouças, antigo moinho produtor de farinha de trigo, transformou-se na nova casa da fundação.

A mudança pode parecer esquisita, porém não é se levarmos em consideração alguns aspectos.

O teatro mais famoso gerido pela instituição funciona em um paiol de pólvora. O maior local para shows da cidade – também a cargo da fundação – é uma antiga pedreira. O prédio que servirá de teatro para a orquestra municipal é uma capela. E o teatro que servirá como ponto de referência para as artes cênicas na nova gestão municipal, o Novelas Curitibanas, funciona numa casa que já abrigou um prostíbulo. Considerando um histórico de criatividade como esse, usar o Moinho Rebouças como sede é até uma solução previsível para a fundação.

Desde 2001, o prédio erguido na década de 1930 para produzir a farinha de trigo Soberana passou para as mãos da prefeitura. Nos últimos anos, vinha abrigando esporadicamente eventos culturais. Mas só agora ganhou um uso regular e – imagina-se – definitivo.

Desde abril de 2006, é o endereço oficial da fundação. Toda a parte administrativa se mudou para lá. Com isso, o Palacete Wolff, na Praça Garibaldi, passou a ser exclusivamente usado pela coordenação de literatura do município.

A administração da área cultural do município ocupa 1,6 mil metros quadrados do moinho, que fica no número 1.732 da Rua Engenheiros Rebouças, perto do Centro.

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