Descendo a serra de trem - Parte 7



Poucos destinos no Brasil têm o valor histórico dos passeios pelos trilhos da Serra Verde Express. Hoje, é um destino turístico efetivado: no Paraná, apenas Foz do Iguaçu supera o número de 150 mil visitantes anualmente. Cerca de 20% desses passageiros são turistas estrangeiros, que levam do Estado a lembrança de ter visitado uma das mais ousadas obras da engenharia mundial, que atravessa a maior área preservada de Mata Atlântica do país, e a única linha ferroviária de passageiros do Brasil considerada regular pela ANTT, uma vez que exige o cumprimento rigoroso dos dias e horários de circulação.

A Estação Marumbi
Nasceu em 1885 de uma simples parada chamada Taquaral no Km 60, de costas para a montanha, foi provisoriamente construída de madeira e substituída em 1913 por uma estação de 3ª classe também edificada com madeira, que tornou-se o ponto de apoio para os Marumbinistas que naquela época já se dedicavam a escalar a montanha.

Morretes
A paragem dos Três Morretes já era mencionada em um mapa de 1653 e começou a ser povoada ainda no final do século XVII, fixando-se num largo remanso do Rio Nhundiaquara.
Morretes era um importante entroncamento comercial que atingiu o auge da prosperidade econômica e política entre os anos de 1820 e 1880, quando toda a erva-mate extraída no planalto passava por engenhos de soque movidos pela força dos rios da região antes de serem exportados por Paranaguá. A decadência se iniciou com a chegada da estrada da Graciosa e tornou-se irreversível com a inauguração da ferrovia, quando tornou-se mais vantajoso beneficiar o mate em Curitiba.
Morretes ainda contou com um último surto de progresso durante a passagem dos imigrantes italianos que dominavam processos avançados de fermentação e destilação, originando a famosa cachaça artesanal Morreteana.
Hoje Morretes sobrevive basicamente do turismo gerado pelo seu prato típico, o Barreado.
Fonte: www.altamontanha.com

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