Edifício Moreira Garcez


Na década de 20, Curitiba apresentava aproximadamente 79 mil habitantes. A tradicional Rua XV de Novembro já era o principal ponto comercial da cidade, com vários pedestres cruzando seu largo, bondes elétricos e os primeiros Fords 29 surgiam em sua alameda.

Nesta mesma época, no final da década, em 1927, surge o primeiro “arranha-céu” do Paraná, e o terceiro do país, o Edifício Moreira Garcez.Localizado na Rua XV de Novembro, esquina com Voluntários da Pátria, o prédio causou “frisson” dos cidadãos da época, que visitavam diariamente a obra que simbolizava o crescimento e o desenvolvimento da cidade.

O prédio foi idealizado pelo engenheiro João Moreira Garcez, ex-prefeito de Curitiba, que contratou os serviços da Companhia Construtora Nacional S/A, do Rio de Janeiro, para a execução da planta. Em seu estaqueamento foram usados troncos de eucalipto embebidos em óleo cru, na estrutura cimento e ferro, material importado da Alemanha, através de um engenhoso sistema de vigas.

De início, o prédio previa ser feito com cinco andares, mas em 1928, o famoso engenheiro conseguiu perante a prefeitura uma autorização para a construção de mais um andar. Com a intenção de ser um hotel de luxo na cidade, o Garcez se tornou um grande prédio empresarial, abrigando salas comerciais. Na década de 30, foi sede do Consulado da Alemanha, do Cassino Estância das Mercês, do Palácio das Diversões Skating Golf Girls e dos bailes do Bloco Please. Outro grande marco do prédio foi por abrigar durante anos a sede da Federação Paranaense de Futebol. O edifício também ficou conhecido por ser administrado pelo grupo Hermes Macedo e ser sede do Shopping Center Garcez.Em 2003, a Prefeitura Municipal de Curitiba concedeu à Facinter (Faculdade Internacional de Curitiba).

Fonte: //www.grupouninter.com.br/saladeimprensa/releases/nostalgia


Morei por 12 anos na Praça Osório, mais especificamente no Edifício Asa, que fica há 100 metros do Moreira Garcez. Da minha janela ví esse edifício pegar fogo (em imagens assustadoras de grandes nuvens de fumaça negra vindo em direção à praça) e ví também a sua recuperação graças ao Grupo Hermes Macedo, ao transformá-lo numa loja de departamentos muito elegante para a época. A segunda foto foi tirada da janela do nono andar do apartamento dos meus pais, que ainda moram no mesmo lugar.

Comentários

  1. Voltei...lembranças desse prédio eu tenho que por volta de 1957/ 58 mais ou menos esse prédio abrigava um andar para a REDE onde mau pai era funcionário, sua função (contíno)sabe carregava as pastas dos chefes quando iam de trem para Paranaguá e outras cidades litorâneas, ele era uma pessoa de confiança, graças a Deus é até hoje. Então como ia dizendo ou melhor escrevendo, na época do carnaval, como meu pai tinha tds as chaves dos escritórios ele era autorizado a levar a família no 3° andar ou no 4° não lembro bem, para assistir toda festa de carnaval lá das janelas, nossa como era divertido e naquele tempo é que o povo sabia se divertir, com muito respeito, com as marchinhas com letras inocentes. Desculpe eu tomar o seu espaço pra escrever do passado, mas é irresistível.Você deve estar pensando que eu sou matuzalém, tenho 58 anos. AH quando puder venha fotografar meu bairro, Bairro Alto. Ainda não sei muito sobre esse bairro, fazem 3 anos que viemos do Boqueirão, vendemos nossa casa lá que ficou grande demais pra nós dois depois de casar 5 filhas.

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  2. Oi Dioneia. Fique à vontade para escrever o quanto quiser. Acho muito legal saber das relações que as pessoas tem ou tiveram com Curitiba.
    Pouco conheço do Bairro ALto também. Vou ver o que descubro.

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  3. Esse Edifício não é concedido à Facinter, nem é de propriedade da Prefeitura. Sua propriedade é particular, mas ele foi decretado Unidade de Interesse de Preservação, devido ao caráter histórico.

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    1. OI Amelie. Realmente estranha a informação que retirei do site da Facinter. Se pertencia ao Grupo Hermes Macedo, como teria passado para a prefeitura?
      Você sabe à quem pertence?

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